Trump impõe últimas restrições à Huawei antes de deixar presidência dos EUA

Presidente norte-americano Donald Trump. Foto: Divulgação

Deixando a presidência dos EUA na próxima quarta-feira, 20, a gestão de Donald Trump definiu novas (e possivelmente as últimas) restrições contra a Huawei. Desta vez, empresas de semicondutores que possuiam licenças especiais para venda de produtos à fornecedora chinesa tiveram o direito revogado.

As informações foram publicadas pela agência de notícias Reuters a partir de alegações oriundas da Semiconductor Industry Association, que representa a indústria de semicondutores. Além de cancelar licenças em vigor, o governo norte-americano também teria sinalizado que vai negar uma série de pedidos em aberto para autorização de negócios.

Ainda segundo a Reuters, oito licenças vigentes já teriam sido revogadas após comunicação do Departamento de Comércio. Entre elas, uma que permitia à Intel comercializar produtos com a Huawei. A empresa norte-americana (que não comentou o assunto) fornece tecnologia como processadores Xeon para uso em servidores da companhia chinesa.

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Lista de Entidades

A obtenção de uma licença especial para fazer negócios com a Huawei é obrigatória para empresas dos EUA ou que utilizam tecnologia desenvolvida no país desde que a gestão Trump incluiu, ainda em maio de 2019, a chinesa e suas afiliadas em uma "Lista de Entidades" com operações restritas no país.

O movimento foi um dos primeiros passos do boicote contra companhias chinesas empreendido pelo governo norte-americano. A ofensiva se intensificou desde a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro passado. No começo de janeiro, as três principais operadoras de telecom da China foram retiradas da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), ao mesmo tempo que aplicativos como o Alipay foram banidos dos EUA.

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