Em mais uma visita ao seu estado natal, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou na quarta-feira, 16, em Mossoró, dois programas distintos no Rio Grande do Norte: um de banda larga, e outro de mais uma etapa do processo de digitalização da TV aberta.
Este último se trata da primeira fase do Digitaliza Brasil, iniciativa responsável por concluir o processo de digitalização dos sinais da televisão analógica terrestre no país. Serão 17 cidades do Rio Grande do Norte que estão aptas a aderir ao programa. Com a adesão, os municípios vão receber sem custo os equipamentos para a instalação completa da infraestrutura.
A meta do MCom é engajar as prefeituras municipais onde o sinal analógico ainda é mantido para que concluam a migração. As prefeituras e radiodifusores interessados na migração do sinal devem se manifestar no prazo entre 21 de junho e 21 de julho.
O Digitaliza Brasil é o nome dado à segunda etapa do programa de digitalização da TV aberta, iniciado em 2014 para liberar a faixa de 700 MHz para as operadoras de celular no 4G. Essa nova marca foi criada por portaria do MCom, assinada em maio deste ano. O programa traz diretrizes para a distribuição dos conversores à população e instalação dos equipamentos de transmissão digital das emissoras de televisão, em benefício da população que mora nas regiões sem acesso ao serviço.
O MCom pretende universalizar o sinal digital para todos os lares brasileiros até 2023. Ao todo, serão distribuídos equipamentos de conversão para 23 milhões de pessoas.
Confira a lista das cidades potiguares aptas para adesão ao Digitaliza Brasil:
- Alexandria
- Angicos
- Augusto Severo
- Baía Formosa
- Canguaretama
- Doutor Severiano
- Governador Dix-Sept Rosado
- Guamaré
- Lagoa Nova
- Montanhas
- Pedro Velho
- Portalegre
- Santo Antônio
- Serra Negra do Norte
- Tenente Ananias
- Touros
- Umarizal
Banda larga
O Ministério das Comunicações também anunciou na quarta-feira que ativará até dezembro deste ano novos pontos de Internet por fibra óptica em 101 escolas públicas de Mossoró, pelo programa Nordeste Conectado. A cidade do Rio Grande do Norte é uma das 16 cidades-polo do programa Nordeste Conectado. A ação busca expandir o tráfego de dados em fibra ao longo da rede da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Inicialmente, quatro escolas já foram conectadas. A instalação é feita pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), via provedores de internet locais. A RNP é parceira nos programas Norte e Nordeste Conectado. Os pontos de acesso temporários permanecerão ativos até a ativação da rede metropolitana e terão velocidade de 100 Mbps.
No grupo de escolas conectadas estão o Centro Estadual de Capacitação de Educadores e Atendimento ao Surdo; o CE Integrada Professor Eliseu Viana; a Escola Estadual Dr. Lavoisier Maia Ensino de 1º grau; e a Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho. Para elas, o MCom fez a doação de 50 computadores, preparados pelo programa Computadores para Inclusão.
Wi-Fi Brasil
O MCom também entregou mais seis novos pontos do programa Wi-Fi Brasil nos municípios de Areia Branca e São Gonçalo do Amarante. Atualmente, o RN conta com 370 pontos de conexão gratuita e banda larga. Desses, 294 estão em área rural. Com o programa, o MCom já conectou 276 escolas do Rio Grande do Norte.
As redes de fibra ótica do Nordeste Conectado chegarão até as cidades-polo e de lá serão ramificadas para as demais regiões. A meta é atingir 77 municípios. Mais de 16 milhões de pessoas devem ser beneficiadas. Na região, as redes alcançarão 64 institutos federais de educação e instituições científicas e, como resultado de parceria com o Ministério da Educação (MEC), garantirão conectividade em mais 1,1 mil escolas públicas. Entre elas, as 101 escolas da rede pública de Mossoró (RN) que até dezembro serão conectadas à rede.
Apenas no Rio Grande do Norte o Wi-Fi Brasil já beneficiou 114 municípios. No Brasil foram instalados mais de 13,7 mil pontos de conexão, sendo aproximadamente 7 mil na região Nordeste. O programa é operacionalizado em parceria com a Telebras a partir do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).