Algumas das instituições financeiras que mais vinham incentivando a compra de papéis da Embratel já mudaram de posição. São os casos recentes da Bear, Stearns e da Fator Doria Atherino. As cotações haviam ultrapassado com folga os preços-alvos da Fator (R$ 6,97) e da corretora norte-americana (R$ 7,30). Mesmo após a forte realização de lucros motivada pela manifestação da Bear, Stearns (queda de mais de 15%), o papel mais negociado na Bolsa de Valores de São Paulo (EBTP4) acumula alta no ano de 65%.
?Por ora, não há nenhuma mudança positiva nos fundamentos da empresa e, desta forma, estamos mudando nossa recomendação para as ações da Embratel de ?compra? para ?manutenção?, justificou Jacqueline Lison, da Fator.
Para Lison, o target de R$ 6,97 já estaria traduzindo a melhora efetiva da empresa (queda de inadimplência, corte de custos, redução do custo financeiro devido ao recuo da taxa cambial e reestruturação da dívida e, talvez, retomada da rentabilidade). Os benefícios resultantes do decreto sobre as novas relações contratuais do setor são, por enquanto, uma possibilidade para o futuro.
Nesta terça, 17, em Brasília, o presidente do conselho de administração da Embratel, Dan Crawford, descartou o interesse pela venda da operadora pela MCI, afirmando que durante a reestruturação da dívida da empresa norte-americana seus credores avaliaram que não valeria a pena desfazer-se deste seu ativo no Brasil.