Nanossatélite brasileiro VCUB1 completa um ano de lançamento

Equipe do VCUB1, primeiro nanossatélite 100% brasileiro. Imagem: Divulgação/Visiona

O primeiro nanossatélite 100% brasileiro completou um ano desde seu lançamento. Conhecido como VCUB1, o dispositivo foi desenvolvido pela integradora Visiona Tecnologia Espacial, uma joint-venture entre a Embraer e a Telebras. Segundo a empresa, esse foi o primeiro satélite de observação da Terra e coleta de dados desenvolvido pela indústria nacional.

A Visiona construiu o nanossatélite para validar, no espaço, tecnologias espaciais que não podem ser integralmente testadas aqui na Terra – como, por exemplo, o sistema de Controle de Órbita e Atitude (ou AOCS, na sigla em inglês). De acordo com a companhia, esse é um sistema crítico até então não dominado pelo Brasil. 

O dispositivo pesa apenas 12 Kg e todos os componentes foram desenvolvidos no País, incluindo a câmera de alta resolução do tipo reflexiva – primeira do tipo produzida no Brasil, segundo a empresa. O software embarcado no projeto também permite que a Visiona possa atualizar o sistema do satélite remotamente para corrigir erros e adicionar novas funções. 

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"O plano é utilizar as tecnologias em novas missões baseadas no VCUB1 e no satélite SatVHR, o primeiro satélite de observação da Terra de altíssima resolução do país que estamos desenvolvendo", explicou o diretor de tecnologia espacial da Visiona, Himilcon de Castro Carvalho.

Para o projeto, a empresa recebeu um investimento não reembolsável de R$ 2,9 milhões da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). De acordo com a Visiona, o lançamento bem sucedido do VCUB1 qualifica a companhia para a construção de satélites ainda mais avançados no futuro.

"O VCUB1 vem sendo utilizado como um laboratório no espaço e vem desempenhando esse papel com maestria. Após a conclusão dessa etapa, devemos avançar para a fase de calibração final e iniciar pilotos de sensoriamento e coleta de dados com entidades parceiras", afirmou o diretor-presidente da Visiona, João Paulo Rodrigues Campos.

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