A pandemia do Coronavírus (Covid-19) fez vários Estados adotarem medidas de contenção de propagação do vírus. Duas são as mais comuns: o cancelamento de aulas presenciais em escolas e universidades públicas e privadas e a suspensão de realização de eventos ou reuniões a partir de um determinado número de pessoas. O cancelamento das aulas tornou a educação a distância (EAD) e o uso de ferramentas de reuniões por meio da Internet um elemento chave para a manutenção mínima das atividades acadêmicas, especialmente nas Universidades. E algumas empresas estão liberando funcionalidades de algumas plataformas, antes ofertadas apenas para assinantes.
Na Universidade de Brasília (UnB) a Resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) n. 0011/2020 autoriza a substituição das atividades acadêmicas presenciais por atividades domiciliares, sob orientação do Decanato de Ensino de Graduação (DEG) e supervisão das unidades acadêmicas. A medida ocorre durante a vigência do Decreto n. 40.509, de 11 de março de 2020, assinado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e que suspendeu por 15 dias as aulas em universidades e escolas da rede de ensino públicas e privadas, com o objetivo de conter a propagação do coronavírus.
A professora Christiana Freitas, do curso do Departamento de Gestão de Políticas Públicas (GPP) da UnB, é uma das docentes que a partir da suspensão das aulas presenciais, usará a Internet para manter minimamente as atividades acadêmicas dos alunos. "Com as novas medidas, estou revendo meu plano de ensino. Uma das plataformas via Internet que está disponível para nós é a plataforma 'Aprender', que é um ambiente virtual de aprendizagem disponibilizado pela própria UnB", diz a professora, que também informou que está estudando outras plataformas virtuais de código aberto e gratuitas.
Ferramentas livres
A Rede Nacional de Pesquisa (RNP) está oferecendo para os professores e alunos nestes tempos restritivos de aulas presenciais a plataforma conferenciaweb. A ferramenta da RNP permite o compartilhamento de áudio, vídeo, documentos nos mais diversos formatos e de desktop; além de trazer bate papo público ou privado e gravação de reuniões de maneira gratuita.
Outros ambientes virtuais que também estão sendo utilizados pelos docentes são a plataforma Jitsi, que permite também o compartilhamento de documentos, imagens, voz e vídeo; e o MConf, com as mesmas funcionalidades. Ambas as plataformas permitem um número significativo de participantes (algo em torno de 40 usuários) e são todas de código aberto (open source).
As plataformas pagas
Na atual conjuntura em que as pessoas tem que ficar com mobilidade social reduzida e executar o trabalho de casa, algumas plataformas estão abrindo parte de suas funcionalidades oferecidas para assinantes para o público em geral. É o caso da solução Teams, da Microsoft. Desde o dia 10 de março, os clientes do Teams podem utilizar gratuitamente certas funcionalidades que fazem parte do plano pago da plataforma corporativa. Em destaque estão as reuniões agendadas para videoconferências, que poderão ser gravadas. Além disso, não haverá restrição quanto ao número de pessoas que fazem parte de uma equipe, o que a companhia alega que vai facilitar a comunicação, as videoconferências das aulas e o fluxo de trabalho de companhias com muitos colaboradores atuando remotamente.
A Webex, plataforma de reuniões virtuais da Cisco, oferece a todos assinantes, independente da modalidade de assinatura, o uso ilimitado (sem restrições de tempo de reunião) e a capacidade de reunião com até 100 pessoas. Além disso, a empresa ofereceu nesse momento de necessidade, licenças gratuitas de 90 dias para empresas e pessoas que não são clientes Webex atualmente.