Para 3G Américas, Anatel terá que dar satisfação internacional sobre 2,5 GHz

Erasmo Rojas, diretor para América Latina e Caribe da 3G Américas – entidade que divulga a terceira geração no mundo –, alerta que a Anatel deverá explicar perante à comunidade internacional a razão de destinar mais espectro de 2,5 GHz para o MMDS do que para o SMP, se assim realmente o fizer. O conselho diretor da agência vai analisar na próxima quarta-feira, 18, a proposta da área técnica que, em linhas gerais, destina 110 MHz ao MMDS e 80 MHz ao SMP.
"O que o MMDS fez durante todos esses anos? Não creio que o MMDS precise de mais espectro. O setor da indústria que precisa de mais espectro é o que mais cresce", diz ele em referência ao crecimento do celular no Brasil. A associação está fortemente engajada em um lobby para que a Anatel reserve o espectro de 2,5 GHz para a telefonia celular.
Rojas também critica o limite máximo de espectro permitido para cada operadora nas licenças de terceira geração. Segundo ele, esse limite, de 80 MHz, não é mais desejável porque a cada nova licitação a Anatel terá de aumentá-lo.

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Estudo UIT
Apesar de estar engajada na causa do espectro, a associação não tem como prioridade defender a imagem da indústria celular, pelo menos nesse momento. Rojas disse que não tem informações detalhadas sobre a metodologia de comparação usada pela UIT no estudo que apontou o Brasil como o país onde os serviços de telecomunicações são os mais caros. Esse estudo foi fortemente questionado pelas operadoras, que inclusive, já fizeram um levantamento dos fatores que distorceram o resultado. Na opinião da 3G Américas, é preciso comparar "laranja com laranja", ou seja, comparar países com realidades semelhante. Por isso, o estudo deveria ser feito em âmbito regional. "Se é mais caro que na Itália ou na Espanha não tem muita importância. 80% da base na América Latina e pré-paga. É preciso comparar o Brasil com outros países da América Latina", diz.
VU-M
Com relação ao desequilíbrio da VU-M, Rojas sugere que a Anatel estude o que as agência reguladoras de outros países da região estão fazendo sobre o assunto. "É preciso comparar com outros mercados. No Chile, por exemplo, o governo revisa as tarifas pagas entre operadoras a cada cinco anos".

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