Oi ainda não decidiu como será captação de novos recursos

A Oi ainda não decidiu exatamente como vai fazer para captar recursos adicionais de financiamento para suas operações, mas confirmou que ainda está estudando opções. Em resposta a ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira, 16, a operadora reiterou que já tinha iniciado as tratativas com instituições financeiras, resolvendo contratar o Morgan Stanley e o BTG Pactual para auxiliar na "análise, definição e estruturação de iniciativas de financiamento adicionais", conforme prevê o Plano de Recuperação Judicial. Com esses assessores, a empresa decidiu "prosseguir neste momento com a avaliação de estruturas para captação de recursos adicionais", o que inclui "entre outras possibilidades, instrumentos de dívida garantida". 

Porém, a Oi ressalta que, até o momento, não há "definição final" de como isso será feito. A empresa diz que falta ainda decidir modelagem e cronograma a serem adotados para a captação de recursos, "bem como em relação a uma eventual estrutura de garantia a ser possivelmente oferecida". No comunicado ao mercado, a companhia não deu maiores detalhes sobre quando essa decisão será tomada, nem se há alguma modelagem sendo priorizada.

A CVM questionou a companhia ao citar matéria do jornal Valor Econômico publicada na segunda-feira, 14, afirmando que os bancos Morgan Stanley e BTG Pactual teriam apresentados ao conselho e a acionistas da Oi na semana passada o "esqueleto" da proposta de captação no valor de R$ 2,5 bilhões. Segundo reproduz a Superintendência de Listagem e Supervisão de Emissores da CVM, a versão mais atual da proposta previa a emissão de títulos garantidos por recebíveis de telefonia móvel com prazo de vencimento de cinco anos. Um fluxo mensal de R$ 200 milhões em dinheiro provenientes de pagamento de faturas do serviço móvel seria depositado primeiro em uma conta à parte, para depois ser repassado à operadora. Assim, esses recursos seriam justamente a garantia de dívida assumida pela empresa com os detentores dos papéis a serem emitidos.

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Em meio a rumores de venda total ou "fatiada" entre os concorrentes, a Oi também tem enfrentado questionamentos do mercado em relação à capacidade de operação futura. A companhia tem registrado geração de caixa negativa e contínua queda de receitas (com aumento de prejuízo e dívidas), mas alega ser parte prevista no plano da RJ e no plano estratégico de investimentos com foco em fibra. A empresa também está em meio a uma troca de comando: Eurico Teles, atual diretor-presidente, deverá deixar o cargo, sendo substituído por Rodrigo Abreu, ex-CEO da TIM e atualmente COO da Oi.

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