Além de contar com esforços para atingir metas de sustentabilidade ambiental, a Vivo também busca promover inclusão com diversas iniciativas de diversidade. Esses programas também são parte das metas de ESG, e por isso também ficam atreladas a 20% de bônus dos executivos. Mas há a mudança no próprio time de liderança, já que a operadora quer que a companhia conte com maior equilíbrio de gênero e raça, além de maior justiça social.
Atualmente, o quadro profissional da Vivo tem 42% de participação de mulheres, sendo que em grau de gerência, esse percentual é de 33,7%. Uma medida de inclusão se dá com a formação e capacitação. Segundo a executiva de sustentabilidade da operadora, Joanes Ribas, há um programa de desenvolvedores, tanto para negros quanto para mulheres. "Temos uma base boa de mulheres, fazemos com que isso se desenvolva para próximos níveis", afirma.
Para tanto, a operadora abriu um curso da Universidade Telefônica – Universitas, disponível para os funcionários, que tratam de temas sob a ótica de gênero. O último foi sobre a síndrome de impostora, que pode minar carreira de funcionárias por conta da cultura machista de uma empresa. "A gente tem 42% de mulheres, por que não nos candidatamos para outros cargos?", destaca.
Segundo Ribas, quando o Grupo Telefónica decidiu trabalhar com diversidade em 2016, a meta era de ter mais mulheres em cargos diretivos. "A gente foi o primeiro país com mulheres, negros, LGBT e raça. E dentro disso, criamos comitês que reportam ao CEO [Christian Gebara], que acompanha todas as áreas", declara.
A operadora também procura promover iniciativas para inclusão de LGBTQI+ no ambiente de trabalho, como banheiros sem restrições de gênero binário. "Já é demonstração de acolhimento", complementa o VP de relações institucionais e sustentabilidade da Vivo, Renato Gasparetto.
Social
Na visão do executivo, o processo já vem mostrando uma mudança de cultura na empresa. "Esperávamos ter 30% de negros entre os trainees, e chegamos a 46% de adesão. É um movimento bastante estruturado", declara. A companhia também lançou neste ano programa de desenvolvimento de carreiras voltados para pessoas negras.
No cunho social, ele afirma que há mudanças que acontecem com medidas simples. Ele conta que uma delas é o fim da exigência de segundo idioma para cargos que não fazem uso desse conhecimento. "Você já faz um corte na sociedade absurdamente imenso [com a exigência]", diz Gasparetto, referindo-se a "pequenas barreiras derrubadas".