Geolocalização abre a publicidade aos pequenos, diz especialista

Depois de se tornarem uma verdadeira febre no mercado, os aplicativos móveis de geolocalização, como Foursquare, Yelp, Google Maps, Yobongo, Apontador, Kekanto, agora devem ganhar novos recursos. O próximo passo da evolução desses programas, que permitem compartilhar informações sobre localização com contatos e acompanhar onde eles estão, será o uso intensivo de aplicações de recomendação social, tais como a indicação de locais, produtos ou serviços.
Para o diretor de tecnologia (CTO) do Apontador, Rafael Siqueira, o uso de geolocalização vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, o que tem levado também ao avanço dos aplicativos. "Cada vez mais, por meio de ferramentas sociais como o Foursquare, será possível extrair informações relevantes, tais como onde há um posto de gasolina mais próximo para abastecer. E através do Google Maps chegar ao local exato."
O especialista diz que com base no perfil do usuário da ferramenta será possível saber, ainda, que ele gosta de esportes, por exemplo, e assim recomendar algum evento esportivo que esteja acontecendo. "Hoje, se fala muito na web 3.0, cujos recursos vão permitir que você faça praticamente o que quiser. E isso abrirá portas para que cada vez mais se use aplicações de recomendação social. A Amazon sabe o perfil e hábito de leitura cada usuário do site e poderá fazer indicação de determinado livro, por exemplo", explica Siqueira.

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O especialista, que participou de painel realizado nesta quarta-feira, 16, no WebExpoForum, em São Paulo, evento promovido pela revista TI Inside e pela Converge Comunicações, disse também que os aplicativos de geolocalização vão abrir as portas da publicidade on-line para os pequenos anunciantes. Segundo Siqueira, além de anúncios mais baratos, a vantagem em relação à publicidade tradicional é que eles são mensuráveis e atingem mais clientes.
Marketing eficiente
Para Fernando Okumura, fundador do Kekanto.com, guia de estabelecimentos e ofertas, baseado em geolocalização, as informações geolocalizadas possibilitam uma melhor segmentação do público e torna o marketing tradicional mais eficiente. Como exemplo ele cita a promoção realizada por um restaurante de frutos do mar nos Estados Unidos, que adotou o aplicativo de geolocalização para celular do Foursquare. O Pacific Catch passou a oferecer prêmios para as pessoas que fossem ao restaurante e fizessem o check-in (que é o registro de presença em determinada localização/estabelecimento através do GPS do celular). "A cada cinco check-in, o consumidor ganhava uma porção de batatas fritas", exemplifica.
Okumura defende que a otimização do marketing por meio do uso de dados de geolocalização é uma poderosa ferramenta competitiva. Ele observa, porém, que novos modelos de marketing por meio por meio de geolocalização ainda enfrentam desafios significativos. Segundo o especialista, soluções novas como o Foursquare e Yobongo são modelos a serem provados. "Outra barreira a ser vencida é a expansão dos incentivos. No Brasil, por exemplo, a meta para check-in ainda é social [a divulgação da localização pelo usuário é para a rede de contatos] ou de inteligência coletiva", diz Okumura, ao apontar também que a concentração de estabelecimentos com ofertas é baixa e nem sempre são contínuas.

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