O evento Mobile World Congress, que acontece em Barcelona, é também o momento em que os principais fornecedores anunciam suas estratégias e prioridades para o mercado, em geral por meio de concorridas coletivas para a imprensa e analistas. A coletiva da Alcatel Lucent deste ano teve como objetivo principal tirar o foco da questão dos resultados da companhia, apresentados na semana passada e que registraram fortes perdas de receita em 2009, e procurar passar a mensagem de que a empresa está posicionada para continuar disputando o mercado de plataformas avançadas de telecomunicações. A estratégia da Alcatel Lucent está justamente em tentar passar a imagem para analistas e clientes de que, dos grandes fornecedores de equipamentos, é a única com um portfólio de serviços e produtos que vai desde equipamentos de transmissão até o core IP das redes, passando por aplicações. Sem a presença de seu presidente, que falou apenas na palestra de abertura do Mobile World Congress, o evento da Alcatel Lucent reforçou a importância que o acordo firmado na semana passada para o fornecimento de equipamentos para a rede LTE tem para a empresa. Também foi anunciado um acordo com a operadora holandesa KPN para prestação de consultoria estratégica pelo Bell Labs, pertencente à ALU. A fornecedora franco-americana disse que pretende priorizar seu compromisso no desenvolvimento da tecnologia LTE para redes móveis e plataformas all IP para redes de transporte e backhaul. Além disso, a empresa aposta que os cerca de 40 trials em andamento para tecnologia LTE revertam-se em contratos em breve, o que ajudaria a empresa a abrir uma vantagem sobre os concorrentes diretos.
Mobile applications
A Alcatel Lucent, na mesma linha do que fez a Ericsson, também anunciou uma plataforma para o desenvolvimento de aplicações móveis. A diferença da sua plataforma, diz a empresa, será a possibilidade de desenvolver os aplicativos em um ambiente que simula condições reais das redes e com plena integração a outros pontos da rede, como billing, softwares de gerenciamento e até mesmo com a possibilidade de análise, a priori, do business case de cada aplicação.
Na edição desta ano do Mobile World Congress, a Nokia e a LG não participaram, e optaram por realizar eventos próprios em locais próximos para se aproveitar do público e a presença de mídia do evento principal.