O segmento de telefonia fixa registrou um crescimento de aproximadamente 12% nas portabilidade numéricas efetivadas em 2023, de acordo com dados da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), que administra a funcionalidade no Brasil.
Ao longo do último ano, o setor somou um total de 1,377 milhão de números fixos portados. O número é maior do que o 1,229 milhão de portabilidades executadas em 2022.
O crescimento está na contramão do movimento visto na cadeia móvel, onde a portabilidade recuou 34% em 2023, como apontado por TELETIME.
Além disso, em 2023, 82,5% dos pedidos de portabilidade de números fixo foram efetivados. Vale lembrar que a telefonia fixa tem perdido linhas sequencialmente no mercado brasileiro, a julgar pelos números da Anatel. Em doze meses até novembro, foram quase 2 milhões de números desativados.
Operadoras
De acordo com dados compilados pela consultoria Teleco, a Algar Telecom foi a operadora líder no saldo líquido de portabilidades de números fixos em 2023, com cerca resultado positivo de 122 mil números. Logo atrás estão a Vivo, em segundo lugar, com saldo de 98 mil, e a Datora, em terceiro, com 32 mil.
Já a Claro teria saldo negativo de 4 mil linhas, seguida da TIM (-23 mil) e do agrupamento de outras prestadoras, com 361 mil. Neste grupo que entraria a Oi.
A Teleco destacou que, na portabilidade, as operadoras podem ser doadoras (quando o assinante deixa de assinar os serviços) ou receptoras (quando o cliente passa a contratar um produto). A diferença entre doação e recepção é o saldo, podendo ser positivo ou negativo.
Já o churn anual da portabilidade, métrica que evidencia a taxa de cancelamento dos consumidores de determinado serviço, chegou a 5,08% entre janeiro e dezembro, segundo a consultoria especializada em telecomunicações. Em 2022, o percentual na telefonia fixa era de 4,28%.
