O setor de telecomunicações investiu R$ 24,7 bilhões até o terceiro trimestre de 2023, de acordo com dados da Conexis Brasil Digital. No mesmo período, a receita bruta do setor chegou a R$ 214 bilhões, em valores atualizados.
A expansão da rede de fibra e reforço da rede móvel, principalmente do 5G, foram os principais investimentos durante o período, segundo a entidade que representa as principais operadoras do País.
O valor total aportado representa uma queda real, já descontados os efeitos da inflação, de 10% em relação ao investido no mesmo período de 2022, quando foram investidos R$ 27,5 bilhões.
"Em 2023 a base de comparação foi impactada pelo fim do processo de aquisição da rede móvel da Oi por Claro, TIM e Vivo e pelo pico de investimento para a instalação do 5G nas capitais, o que aconteceu entre o final de 2021 e o primeiro semestre de 2022", explicou o presidente executivo da Conexis, Marcos Ferrari.
Segundo ele, "ainda em 2022 as empresas fizeram os investimentos necessários para que o 5G chegasse em outras cidades já no começo de 2023, antecipando as metas da Anatel". Durante todo o ano de 2022 o setor investiu R$ 38,1 bilhões.
Receita
A receita bruta de R$ 214 bilhões nos nove primeiros meses do ano representa um aumento de 2,4%, em relação ao mesmo período de 2022. Já em relação aos três primeiros trimestres de 2021 (período marcado pela pandemia de covid-19), houve uma queda real de 3,5%.
Nos nove primeiros meses do ano, a banda larga fixa e a telefonia móvel ganharam espaço na geração de receita para o setor, com atenção especial para a banda larga fixa, cuja receita cresceu 13,2%.
Acessos
Ao todo, o Brasil fechou o terceiro trimestre de 2023 com 339 milhões de acessos em todos os serviços, considerando telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura. Desse total, 253 milhões são acessos de telefonia móvel.
O país fechou aquele período com 90,9 mil antenas, uma redução de 9% em relação ao terceiro trimestre de 2022. Essa queda decorre do processo de incorporação da rede móvel da Oi pela Claro, TIM e Vivo, o que gerou uma "otimização', com desativação de infraestruturas.
(Com informações da Conexis Brasil Digital)