A expectativa da Oi com o novo plano da recuperação judicial é de converter em capital pelo menos metade dos créditos financeiros, que estão no patamar de R$ 33 bilhões atualmente. Rodrigo Abreu, presidente da operadora, explicou na teleconferências de resultados do primeiro trimestre nesta quinta-feira, 15, que os valores vão depender da opção da conversão que os credores escolherem, com investimento de dinheiro novo (para o financiamento DIP) ou não.
Considerando a opção 1, a quantia total prevê uma proteção de até R$ 10,75 bilhões para os créditos, restabelecidos com maturidade para até 2028. O que for remanescente será convertido em capital da companhia. Na opção 2, a proporção é de 30% dos créditos protegidos, mas com maturidade mais longa, para 2033. Assim, os valores dependem da opção escolhida pelos credores.
"Mas, na média, imaginamos que possa haver um total de conversão de créditos que possa chegar a 50% do total de créditos financeiros, algo entre R$ 14 e R$ 15 bilhões que seriam convertidos", declara Abreu. No total, 20% do capital existente com os atuais acionistas será mantido, com os outros 80% destinados à conversão de dívida em capital.
O acordo de março com dois dos três grupos de credores financeiros – detentores de bonds de 2025 e agências de fomento à exportação, como os bancos de desenvolvimento chinês e o finlandês de crédito à exportação – continua sendo discutido. Não estão incluídos nesse grupo os bancos, mas Abreu diz que os dois grupos representam cerca de dois terços da dívida. "Lembrando que, para a aprovação do plano, precisamos ter a maioria dos credores de classe três, que são sem garantias. As conversas continuam acontecendo com todos os grupos, mas o acordo de suporte à restruturação atual, sequência dos documentos assinados em março, estão sendo discutidos predominantemente com os grupos que não os bancos."
Venda da V.tal e outros ativos
Rodrigo Abreu voltou a mencionar que a venda da participação na V.tal sempre esteve prevista pela Oi desde o aditamento do plano da primeira RJ, em 2020. Ressaltou ainda que a operação não tem impacto, uma vez que ainda não existe distribuição de dividendos na empresa de rede neutra.
A expectativa é que o processo de venda seja próximo ao vencimento de dívidas, o que coloca entre 2027 e 2028. "A venda pode acontecer com processo de abertura de capital [da V.tal], o que seria um processo mais natural, com início de liquidez no mercado, até um processo estratégico com block trades [negociação em blocos grandes de ações fora do mercado aberto] em relação à participação", afirma Abreu, assegurando que nada disso foi iniciado ainda.
"Com isso, os ativos de participação na rede neutra sem dúvida nenhuma vão ser considerados para a venda, mas precisa seguir regras de venda do plano e do acordo. Deveriam existir valores mínimos para essa quitação, que obviamente seriam capazes de cobrir a contração da nova dívida, que é o dinheiro novo, ou DIP, no ano que vem para o consumo de caixa no período", explica.
O presidente da Oi lembrou que ainda está em negociação a venda da operação de DTH para a Sky, com quem a operadora assinou um memorando de entendimento (MOU), e que "continua sendo discutido". Já o processo de vendas de torres do serviço fixo para a Highline está em "fase final".
Investimento
Na única questão sobre o balanço financeiro trimestral da empresa, o tema abordado foi a relação de 7% em investimentos sobre receita almejada pela Oi. Segundo Abreu, a ideia é estabilizar nesse patamar, que atualmente é de 8,7%. "Pode-se ver que estamos chegando lá", afirma. Para atingir a meta, o executivo diz que já realizou a otimização do Capex possível, atualmente alocada na maior parte para adquirir terminais (ONTs) e conexão de novos clientes, além de uma pequena parte dedicada a investimentos de TI. "Também esperamos um aumento de receita para conseguir reduzir essa taxa", diz, afirmando que a empresa está focada e já registrando bons resultados nesse sentido.
Só manobras e enrolação nada de concreto vendem sonhos vai na real Oi estão falidos e burro é quem acredita neste blá blá.