SES vê soberania e integração de constelações como prioridades com O3b mPower

Steve Collar, CEo da SES, em palestra durante a Satellite 2023

Se o tema da Satellite 2023, que aconteceu este ano em Washington, foi como criar soluções e serviços via satélite baseados na múltiplas órbitas (e essa é uma estratégia seguida por todas as empresas), o cálice sagrado parece ser a integração entre redes e constelações de diferentes operadoras. Outro tema dominante nos debates foi relacionado às questões de soberania no espaço e atendimento. E ambos os pontos foram abordados como diretrizes estratégicas prioritária da SES durante a palestra de seu CEO Steve Collar durante a Satellite 2023, no evento.

Collar enfatizou dois aspectos centrais da estratégia da nova constelação de satélites de órbita média O3b mPower, que por sua vez é a grande aposta da empresa para se manter na liderança do mercado de satélites: a capacidade de se integrar à própria rede geoestacionária da SES, mas também a capacidade de se ajustar a sistemas com satélites de qualquer operadora.

Ele também indicou que no roadmap de evolução da constelação mPower está a inclusão de satélites em órbita polar, e a conexão direta entre os satélites por meio de feixes de laser, o que diminui substancialmente a necessidade de gateways em Terra para fazer a subida e descida dos sinais de dados. Com essas conexões por laser entre os satélites, o tráfego de dados precisa subir e descer menos vezes do satélite para estações em terra, e com issoa latência fica menor, além de adicionar mais segurança às comunicações. Trata-se de uma tecnologia que as constelações de órbita baixa como Starlink e Kuiper prometem ter em suas próximas gerações, e que a O3b mPower também aposta.

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Outra característica importante da nova constelação da SES, diz Collar, é a adaptação às crescentes demandas por serviços governamentais. A questão de soberania do espaço foi um tema importante do evento, e segundoo CEO da SES, a constelação mPower permite que países hospedem localmente e operem  gateways próprios para comandar os serviços de dados no satélite. "Entendemos que a questão da soberania sobre os recursos espaciais é cada vez mais crítica e queremos que os governos fiquem confortáveis de terem seus próprios gateways e centros de operação", disse.

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