O Hospital Albert Einstein iniciou a operação de dois laboratórios voltados à validação de casos de uso 5G na área da saúde, informou a instituição.
Os espaços estão localizados na cidade de São Paulo: um deles no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – Campus Cecília e Abram Szajman e outro na Eretz. bio, o ecossistema de inovação do Einstein. Segundo comunicado, os laboratórios reúnem "ferramentas de última geração para análises de soluções sob a ótica de custo e eficiência".
"Estamos criando os laboratórios para entender e comprovar o benefício e a segurança da utilização do 5G na área da saúde", contextualizou o presidente do Einstein, Sidney Klajner. "Por exemplo, se teremos a estabilidade adequada para operar um paciente remotamente, que problemas poderiam ocorrer e comprometer o procedimento, ou medidas de segurança que devem ser adotadas".
Em um primeiro momento, cinco casos de uso serão foco das atividades de validação. Eles são os seguintes:
- Equipamentos para cirurgia digital, telementoria e educação cirúrgica: a análise vai avaliar a utilização do 5G em questões de velocidade e latência, conexão de devices e confiabilidade.
- Uso em ambulância: serão testadas inovações das empresas UCAN (representante da LiveU no Brasil) e Zoll (Indumed) para verificar a capacidade do 5G no apoio remoto de especialistas em emergências médicas e monitoramento dos veículos.
- Predição de Acidente Vascular Cerebral (AVC): recursos 5G e de inteligência artificial serão usados na predição de AVCs, utilizando imagens de ressonância magnética.
- Einstein Até Você: o serviço de exames, vacinas e assistência médica do hospital testará melhorias com 5G na qualidade do vídeo durante teleconsultas, se é possível a análise de exames diagnósticos em tempo real e como potencializar o uso de diversas ferramentas diagnósticas, como IoT (Internet das Coisas). Os equipamentos, neste caso, são da Tuinda Care.
- Aparelho de tomografia instalado em Unidade Móvel de Saúde da Mercedes-Benz: objetivo será checar se é possível otimizar o envio assíncrono de exames, laudos, entre outros, bem como melhorar o streaming de vídeo durante teleconsultas. Em parceria com Einstein, a fabricante de ônibus e caminhões oferece serviços de saúde de forma itinerante para caminhoneiros em pontos de grande concentração de motoristas.
Prazos
A expectativa é que todos os casos de uso passem por análise de cerca de seis meses. "A ideia é testar exaustivamente as aplicações, uma vez que estamos lidando com vidas e o funcionamento precisa ser 100% perfeito", afirmou Klajner.
"Algumas hipóteses, se concretizadas, poderão refletir melhorias imediatas em alguns casos de uso. [Já] outras ainda passarão por estudos mais elaborados por envolverem pacientes. Acreditamos que os resultados nos permitirão chegar a uma medicina ainda mais eficiente", completou o presidente do Einstein.
Já o diretor executivo de inovação do hospital, Rodrigo Demarch, destacou a trilha de absorção de tecnologias pela instituição. "Há mais de uma década direcionamos nossos esforços em um amplo processo de desenvolvimento, validação e incorporação de novas tecnologias, assim como de transformação digital, que hoje se reflete em uma estrutura que permite à instituição ser protagonista em telemedicina, big data e inteligência artificial. Os laboratórios nos permitirão dar novos passos na busca por essa evolução contínua"