Rodrigo Abreu avisa: Oi ainda terá queima de caixa em 2022

O ano ainda não acabou, mas a Oi já vislumbra mais um resultado com forte impacto nas operações, especialmente com o desempenho da móvel, por conta de inflação, variação cambial e efeitos da pandemia. E em 2022 a situação ainda não será exatamente positiva, conforme declarou o presidente da tele, Rodrigo Abreu, durante live promovida pelo banco BTG Pactual nesta terça-feira, 14. 

O executivo faz questão de lembrar que já era esperado um ano desafiador, uma vez que a empresa previa vários processos de captação. "Em 2022 – até início de 2023 – ainda é ano de consumo de caixa e já se sabia disso desde o começo do plano. É um momento no qual ainda estamos crescendo em fibra e repondo receita legada que está indo embora enquanto a companhia está diminuindo", afirma. 

Abreu explica que as captações incluem o financiamento por meio de emissão de bonds em 2026, "usado originalmente no fim de 2019 para dar sustentação da companhia enquanto ela não vendia ativos", e mais dois empréstimos ponte, cada um ligado à uma venda de uma unidade (Oi Móvel e V.tal). Uma vez concluídas essas transações, esses processos são liquidados, segundo o executivo. 

Notícias relacionadas

Também serão liquidadas dívidas com o fechamento das operações, em particular a do BNDES e o repagamento de bancos e ex-dividendos. Dependerá do excesso de liquidez a ser gerado, mas o plano estabeleceu um limite para que não se destine todo o valor das transações apenas para pagar dívidas. "Obviamente, porque aí não teria sustentação e visão de caixa para investir e continuar a operação até o equilíbrio de geração de caixa", coloca o presidente da Oi. 

A venda do controle da unidade de infraestrutura tem outro componente nas finanças: a expectativa de valorização da participação de 42,1% que a Oi ainda terá na V.tal. De acordo com Rodrigo Abreu, nos próximos três anos a empresa espera ter uma posição de equity na operadora de rede neutra de mais de R$ 20 bilhões. E isso poderia ser utilizada para desalavancar a companhia no futuro, trazendo-a para "níveis mais normais de operação de pagamento de dívida financeira". 

Efeitos externos

Rodrigo Abreu notou que a tele sofreu com a crise macroeconômica no País, especialmente na Oi Móvel. Ele cita a pandemia, o efeito inflacionário e a desvalorização da moeda frente ao dólar como fatores que reduziram a receita na unidade e afetaram o caixa. No caso do câmbio, ele coloca que isso será incorporado no plano para atualizar as compras e nos cupons de dívida dolarizada. 

Em relação à inflação, Abreu diz que o efeito é endereçável, mas poderia haver uma economia maior. "Temos conseguido compensar de maneira intensa, do ponto de vista operacional. Mas se não fosse isso [a inflação], conseguiríamos reduzir os custos ainda mais", declara.

1 COMENTÁRIO

  1. Rodrigo Abreu avisa: Oi ainda terá queima de caixa em 2022: Desculpa, mas os discursos do Rodrigo Abreu nunca ajuda. Primeiro porque ele se mostrou um péssimo negociador em todas as vendas dos ativos da OI. Antes de fechar a venda da OI móvel, falava que poderia que 16Bi era uma barganha e poderia chegar a muito mais. Depois disse que a InfraCo poderia chegar a 30Bi. Acabou vendendo mais de 50% por 12Bi, sendo a OI avaliada a 20Bi. Não agrega valor à OI, não negocia bem, trás um discurso vago, a equipe de vendas não mostra resultados. Ou seja, falta liderança.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!