VoIP sobre line sharing e abertura em bolsa são planos da GVT

A GVT, que hoje é controlada pelos grupos israelenses Magnum Group e Israel Discount Bank (IDB), deve abrir o capital em breve. Segundo Carlos Alberto Nunes, vice-presidente de assuntos regulatórios da empresa, o tema está em discussão dentro da companhia e não há mais detalhes que possam ser divulgados nesse instante. Nem se a abertura de capital acontecerá em 2005, nem se será apenas no Brasil ou também no exterior. Nunes lembra que a GVT é uma empresa que está em crescimento e que desde o seu 18º mês de operação tem operado no azul, e que o recurso ao mercado é um caminho natural. "A GVT vem crescendo de 40% a 50% ao ano desde que iniciou suas operações e queremos continuar assim". Ele ressalta que a operadora pode ser vista como a prova de que a competição é possível, lembrando que há algumas áreas em que a empresa chega a ter mais market share do que a concorrente, como em bairros de grande concentração de escritórios. Nesse sentido, Carlos Alberto faz uma crítica ao governo: "é no governo que está a maior resistência à quebra do monopólio", referindo-se aos órgão da administração que relutam em licitar seus serviços de telecomunicações ou que optam por contratar serviços de incumbents que estão subsidiando seus custos apenas para evitar a entrada das entrantes. "Na Anatel, onde a fiscalização é rigorosa e ninguém ia se expor ao fazer uma oferta abaixo do custo, nós conseguimos vender serviços".
A GVT tem hoje 1,2 milhão de linhas instaladas, cerca de 1 milhão de clientes e 750 mil linhas em serviço. O ADSL da empresa tem cerca de 20 mil clientes, segundo Nunes, e outros 20 mil utilizam a webline (conexão permanente com banda estreita). A previsão da GVT é ter cerca de 150 mil clientes de VoIP até o final de 2006 e crescer no tráfego de longa distância. "Desde que lançamos o serviço de LDN já conseguimos 4% do volume de minutos falados na Região II e 1% no Sudeste".

Line sharing

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A GVT está em processo "avançado" de negociação com a Brasil Telecom para o unbundling da rede da incumbent na modalidade line sharing, segundo Carlos Nunes. A idéia é finalizar em breve o acordo e iniciar uma operação em caráter experimental, para que possam ser resolvidos "problemas complexos" como atendimento compartilhado e procedimentos de instalação. A GVT oferecerá, pela rede da BrT, serviço de transmissão de dados, enquanto pela mesma linha a BrT manterá o serviço de telefonia fixa. Perguntado se a GVT teria algum limitador para oferecer VoIP sobre o acesso de dados via line sharing, o executivo respondeu: "A Brasil Telecom é uma operadora e presta um serviço, não é um órgão regulador que diz o que pode e o que não pode ser feito", deixando claro que a oferta de VoIP sobre acessos feitos por line sharing é uma possibilidade. Apesar de concorrentes, a GVT e a Brasil Telecom têm acordo também para a redução das tarifas fixo-móvel nas ligações entre os terminais GVT e os celulares da BrT GSM.

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