Qualcomm cresce 27% e investe para expandir o CDMA

A Qualcomm encerrou o ano fiscal de 2004 com faturamento mundial de US$ 4,9 bilhões, 27% a mais do que em 2003. A empresa esteve bem ativa neste ano. A matriz adquiriu três empresas para acelerar o crescimento da terceira geração globalmente: a indiana Spike, que faz design de chips; a britânica Trigenix, que desenvolve interface para usuários de telefones; e a Iridigm, que desenvolve tecnologia de displays para celulares. Os negócios com telefones móveis da tecnologia CDMA que estavam apenas mornos até 2002, abaixo de 3 milhões de handsets/ano, tiveram uma rápida expansão em 2003/2004. Só neste ano foram vendidos entre 10 milhões e 12 milhões de aparelhos novos. Para 2005 estão previstos entre 12 milhões e 15 milhões de unidades, diz o presidente da Qualcomm no Brasil, Marco Aurélio Rodrigues. E o mercado continuará bem aquecido nos próximos anos, acredita o executivo. Tanto que a empresa continua a investir pesado em pesquisa e desenvolvimento – US$ 523 milhões em 2004.
As maiores receitas da empresa provêm de chipsets e royalties fornecidos para os grandes segmentos; serviços respondem por apenas 10%.
A empresa apostou forte na terceira geração, pois como todas as tecnologias existentes convergem para o CDMA (CDMA 2000 e wCDMA), a Qualcomm, dona da patente da tecnologia, faturará mais. Para se ter uma idéia, existem 125 empresas licenciadas para CDMA 2000 e 60 para wCDMA. Da receita de royalties, 25% provêm de wCDMA, afirma Rodrigues. A tecnologia EV-DO, que a empresa também classifica como 3G, cresceu rapidamente na Ásia e Estados Unidos – em um ano triplicou a base de 10 milhões de assinantes. No Brasil, a Vivo iniciou a implantação da tecnologia em alguns estados, mas o executivo acredita que a operação será realmente efetiva no primeiro semestre de 2005.

Notícias relacionadas
Para os próximos anos, a perspectiva da Qualcomm é de continuar acelerada a venda de aparelhos CDMA2000 e wCDMA, com expectativa de atingir 34,3% de crescimento em 2005; 40,4% em 2006; 48,5% em 2007; e 59,5% em 2008.

Redução de custos

A empresa investe também na redução de custos dos aparelhos. Em 2005 deverá integrar três componentes num só chipset: radiofreqüência, modulador digital e controlador de potência. O resultado só será sentido em 2006, quando os chipsets estarão disponíveis para os novos aparelhos.
Em relação ao Brasil, Rodrigues espera que a Vivo expanda o serviço de localização gpsONE; que a Qualcomm consiga ajudar a operadora a encontrar uma solução para ter presença em todo o Brasil; e que a regulação do setor de conteúdos (especificamente a futura agência, Ancinav) não crie barreiras artificiais para o desenvolvimento da tecnologia e para os players.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!