Em agosto, somente 12,7% dos acessos M2M tinham direito à desoneração

Devido à alteração na forma da coleta de dados dos terminais máquina-a-máquina (M2M), a Anatel divulgou apenas nesta sexta-feira, 14, informações sobre a base desses acessos no Brasil em agosto. A novidade é que agora a agência divide a tecnologia em dois tipos: M2M Padrão, que é o acesso com intervenção humana, como as máquinas POS de cartão de crédito; e o M2M Especial, que são todos os demais dispositivos em operação sem intervenção humana. Mais exatamente, esta última é composta por linhas M2M utilizadas "para transmitir dados a aplicações remotas com o objetivo de monitorar, medir e controlar o próprio dispositivo, o ambiente ao seu redor ou sistemas de dados a ele conectados por meio dessas redes, conforme estabelecido no Decreto 8.234/2014". Ou seja, são os tipos de conexão contemplados pela desoneração do Fistel.

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Com essa nova metodologia, percebe-se que a imensa maioria (87,33%) das linhas M2M no Brasil era do tipo Padrão em agosto, com 8,059 milhões de acessos. O restante, 1,169 milhão (12,67% do total de M2M), é de conexões M2M que podem receber o benefício da desoneração. É um número significativamente maior do que os 146.713 acessos informados pela Anatel em outubro e referentes a julho, provavelmente porque a agência ainda estaria em fase de adequação à nova configuração de mensuração.

Juntando as duas bases de M2M, o Brasil contava em agosto com 9,229 milhões de acessos, crescimento de 0,23% em relação ao registrado em julho. Trata-se de um avanço até menor do que o registrado entre junho e julho, quando o mercado adicionou 106,7 mil linhas, aumento de 1,17%. Era esperado que o mercado teria mais incentivo para crescer com as conexões M2M Especial, mas não parece ter sido o caso ainda.

Importante lembrar que, segundo afirmou o secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, deverá acontecer até o final deste mês de novembro a segunda reunião da  Câmara Setorial, que tem o objetivo de produzir uma padronização para a coleta de dados sobre esse mercado. Na ocasião, os integrantes (do Minicom, dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Anatel; da indústria de equipamentos de TIC; das prestadoras de serviços de telecomunicações; de instituições de ensino e pesquisa; e de desenvolvedores de aplicações para M2M) deverão considerar a extensão da desoneração do Fistel para máquinas POS, bem como uma discussão sobre definições de Internet das Coisas (IoT). "Surgiu uma ideia da Anatel de criar numeração específica, que ficaria mais simples para acompanhamento e separação do que seria smartphone e POS. Assim talvez conseguiríamos resolver (uma possível desoneração para POS)", disse Martinhão no último dia 14.

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