Ericsson recua receita no segundo trimestre, mas cresce na América Latina

Foto: Ericsson

A Ericsson publicou nesta sexta-feira, 14, resultados do segundo trimestre que apontaram recuo global de 9% nas receitas, em linha com a desaceleração da demanda por equipamentos em mercados desenvolvidos. Já na América Latina, a sueca registrou crescimento orgânico de 3%, com ajuda de implementações 5G.

A fornecedora não divulga valores específicos para a região que inclui o Brasil, uma vez que a área faz parte da mesma divisão que a Europa – onde houve recuo de orgânico 6% nas receitas. Juntas, as duas regiões somaram no segundo trimestre 16 bilhões de coroas suecas em faturamento (-3%, para cerca de US$ 1,5 bilhão).

O montante é apenas parcela da receita global de 64,4 bilhões de coroas suecas do grupo (cerca de US$ 6,3 bilhões), após a queda de 9% no trimestre. Principal mercado da Ericsson, a América do Norte registrou recuo orgânico de 42% nas vendas, após investimentos massivos realizados em 2022.

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No sentido contrário, a demanda na Índia foi mais uma vez um fator comercial positivo, com variação ajustada de 71% na regional que inclui o país. A Ericsson afirma ter alcançado a liderança de market share no mercado mais populoso do globo.

Segmentos e prejuízo

Na avaliação por segmentos, ficou evidente a vertical de redes (principal negócio da Ericsson) como principal causa da retração, com recuo de 13% nas receitas orgânicas, para 42,4 bilhões de coroas (cerca de US$ 4 bilhões).

A divisão de cloud e software, por sua vez, se manteve praticamente estável (em 15 bilhões de coroas). Já o segmento de soluções empresariais (enterprise) – ou uma das grandes apostas da Ericsson – teve novo crescimento orgânico relevante, de 20%, para 6,4 bilhões de coroas suecas (US$ 600 milhões).

De forma geral, os resultados da Ericsson foram considerados dentro do esperado pela empresa, apesar dos desafios macroeconômicos. A somatória dos números, contudo, gerou uma reversão para prejuízo no segundo trimestre de 600 milhões de coroas (quase US$ 60 milhões), também por conta da reestruturação em curso na companhia. Entre abril e junho 3,1 bilhões de coroas suecas foram gastas com a reorganização da empresa, incluindo demissões.

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