Way Brasil vai a leilão no dia 27 de julho

A operadora de TV a cabo Way Brasil, que opera nas cidades de Belo Horizonte, Barbacena, Poços de Caldas e Uberlândia, está à venda e vai a leilão no dia 27 de julho, na Bovespa, a um preço mínimo de R$ 80 milhões. O edital de convocação foi publicado nesta quarta, 14, e traz as condições para a venda. Serão alienadas 100% das ações da empresa, hoje pertencentes à Infovias (69,25%), Brasil Telecomunicações S/A (18,34%), Diários Associados (11,73%) e Clube de Investimentos Funcionários da CEMIG (0,68%). A Way opera com programação Net Brasil em todas as localidades, exceto Belo Horizonte. São 60,1 mil assinantes, sendo 41,1 mil de TV paga e 36,1 mil de Internet banda larga (há assinantes coincidentes, no total de 17,2 mil). A receita bruta do grupo em 2005 foi de R$ 55,1 milhões, R$ 45,5 milhões de receita líquida, EBITDA de R$ 8,67 milhões e prejuízo de R$ 2,4 milhões. A operadora tem cerca de R$ 26 milhões entre passivo circulante e exigíveis. Segundo o anuncio de edital, o motivo para a venda é a "redefinição dos investimentos, motivada pelo momento atualmente vivido pelo setor de telecomunicações, que se mostra propício para essa alienação".
Com base no valor mínimo pedido no leilão, a Way está avaliando o seu assinante de TV a cabo a R$ 1,9 mil, sem a dívida. Contados todos os clientes da empresa, incluindo os de Internet, o valor por assinante está em R$ 1,3 mil.
A instituição financeira encarregada do leilão é o Banif Investment Banking. Segundo José Mascarenhas, analista do Banif responsável pela operação, o número de interessados só será conhecido com a entrega dos documentos de habilitação, no dia 14 de julho, mas o banco detectou interesse na operação e optou pelo leilão por se tratar de uma companhia de capital fechado. Após o leilão, o comprador terá que entregar a sua documentação de habilitação para que, entre outras coisas, seja analisada pela Anatel e Cade para aprovação regulatória da transferência. A condição para a participação do leilão é que 51% do capital votante pertencente a brasileiro, mas não há restrição à participação de empresas de telecomunicações. Estrangeiros podem se compor em consórcio, preservada a exigência de controle nacional, conforme determina a Lei do Cabo. O leilão será pelo melhor preço, com possibilidade de repique em caso de demais ofertas cujo valor seja superior a 80% da maior oferta.

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