O mercado conheceu nesta quarta-feira, 14, as primeiras informações sobre a reestruturação societária das operações móveis que compõem a Claro, iniciada ainda em 2005. Como as empresas fazem parte do mesmo grupo econômico ? a América Móvil, do mexicano Carlos Slim ? as empresas Americel S.A. e Telet S.A. serão incorporadas pela BCP S.A., controlada pela Claro Telecom Participações S.A., e que permanecerá com o capital fechado. A incorporação de cada uma das empresas custará R$ 105 mil e inclui despesas com publicações, avaliadores, laudos de advogados e demais profissionais técnicos contratados para assessoria na operação.
A idéia é simplificar a estrutura de capital, já que as três empresas exploram o serviço móvel pessoal no Brasil, e tirar proveito disso com a racionalização de custos e ganhos de sinergia.
A operação
Para incorporar a Americel, a BCP emitirá 4.846.232.869 ações ordinárias e 71.372.483 ações preferenciais para absorver os R$ 901,533 milhões do patrimônio líquido da empresa. A relação de troca das ações será de uma ação da Americel por 0,230181068 ação da BCP, tanto para ações ordinárias quanto para ações preferenciais.
Já no caso da Telet, que tem patrimônio líquido de R$ 328,134 milhões, a BCP emitirá outras 1.772.667.623 ações ordinárias e 17.209.756 ações preferenciais. Cada ação da Telet será trocada por 0,099485442 ação da BCP, para ações ordinárias e preferenciais. Com a incorporação da Americel e da Telet, o valor contábil do patrimônio líquido da BCP que era de cerca de R$ 5,623 bilhões (base de 31/12/2005), passará a ser de aproximadamente R$ 6,853 bilhões.
A operação já obteve a aprovação da Anatel em setembro de 2005 e precisa ainda ser aprovada em assembléias gerais extraordinárias das empresas, marcadas para o próximo dia 30 de junho. A operação terá efeitos econômicos e fiscais a partir de 1º de julho deste ano.
Abertura de capital
Embora a consolidação das operações em uma única empresa faça sentido para posterior abertura de capital da Claro no País, é pouco provável que isso aconteça. Isso porque há pouco tempo outra empresa do grupo mexicano, a Telmex, confirmou oferta pública de aquisição de ações para fechar o capital da Embratel.