Tudo indica que o Plano Inova Empresa do governo federal vai ultrapassar a estimativa realizada em março do ano passado, quando o programa foi lançado, de contratar R$ 32,9 bilhões. De acordo com as informações prestadas nesta terça, 14, pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, R$ 16 bilhões já foram contratados com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do BNDES e mais R$ 23,4 bilhões estão em contratação.
A iniciativa tem como objetivo fomentar projetos de apoio à inovação em diversos setores considerados estratégicos pelo Governo Federal, como energia, telecomunicações, aerodefesa etc. Por meio do Inova Empresa, são realizados planos conjuntos, que consistem em chamadas públicas para a seleção dos projetos que serão contemplados pelos mecanismos de apoio disponíveis pelo BNDES, pela Finep e pelos órgãos públicos participantes.
"O Inova Empresa terá um alto impacto nas políticas de fomento para as empresas inovadoras no Brasil. Esse programa é implementado através da Finep, que é um órgão do meu ministério, e do BNDES; nós estamos trabalhando juntos", explicou o ministro aos deputados da comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCT) da Câmara.
Segundo o ministro, já foram lançados 22 editais, sendo cinco com resultado já divulgado. "Os senhores esperem que os resultados serão significativos. Não houve tempo ainda para mostrar o resultado de inovação das empresas, mas eu estou convencido de que serão muito importantes", disse ele.
Área espacial
O único momento em que Campolina fez referência a área aeroespacial foi em resposta à senadora Luiza Erundina (PDT-SP), que manifestou preocupação com a manutenção da base de Alcântara (MA) – que, segundo ela, não trouxe os benefícios esperados, mas é mantida pelo governo, o que prejudica as população quilombolas, tradicionais da região.
Campolina, que está há pouco mais de um mês à frente da pasta, respondeu que ainda está se inteirando do assunto. "Estou pedindo um relatório detalhado porque eu não posso tomar a decisão de forma voluntarista. É um assunto que não me era afeto, nós estamos procurando nos informar com a rapidez necessária para ver qual a posição que nós vamos recomendar ao governo", disse o ministro.