Com a construção de um edge data center na cidade de Fortaleza em fase final de obras de engenharia, a V.tal adquiriu terreno em Porto Alegre para receber uma nova unidade do ativo.
Os movimentos são parte do plano de expansão de infraestrutura edge da empresa controlada pelo BTG Pactual. No caso da capital cearense, a V.tal reportou 90% da etapa de engenharia concluída e inauguração prevista para janeiro de 2023. O novo data center será integrado e redundante com a cable landing station (CLS) de sistemas submarinos detida pela empresa após integração da Globenet à V.tal.
Apelidado como "Projeto Big Lobster", o projeto terá suporte para 400 novos racks e capacidade de 4 MW. Com isso, o parque da empresa na Praia do Futuro deve somar 7 mil m² de área construída, capacidade superior a 5 MW e mais de 600 posições de racks. No momento, mobiliário e equipamentos para o Big Lobster estão a caminho de Fortaleza, enquanto outros elementos como ar-condicionado e geradores de energia estão sendo testados.
"Esta é uma etapa estratégica e fundamental porque permite identificar quaisquer necessidades de ajuste e correções em todas as partes, principais ou acessórias, antes que sejam conectadas aos sistemas dos clientes e comecem, efetivamente, a operar" afirmou o vice-presidente de engenharia da V.tal, Cícero Olivieri, em comunicado.
Porto Alegre
No caso da capital gaúcha, um terreno no bairro de Navegantes para comportar outro edge data center acabou de ser adquirido. O site também deve contar com capacidade de 4 MW. Segundo a V.tal, a localização de Porto Alegre é estratégica devido à proximidade da cidade com países do Cone Sul.
"A estratégia de lançar um edge data center [na cidade] visa justamente a atender clientes locais como aqueles que, tendo contratos mais amplos, precisam de mais capacidade para atender seus usuários na região", afirmou o vice-presidente de wholesale da V.tal, Bento Louro.
Atualmente, edge data centers da empresa estão em funcionamento em Rio de Janeiro, Fortaleza e Barranquilla (Colômbia), onde outra unidade também está em construção. Os centros de dados no formato edge são comumente menores que as estruturas de data centers tradicionais.
"Manter a hospedagem de conteúdo na borda, ou seja, no local mais próximo possível do uso da aplicação pelo usuário final, é estratégico para as empresas que conseguirão viabilizar a baixíssima latência e a melhor experiência", apontou Cìcero Olivieri.
