Apesar da crise, demanda continua alta para Hispamar

Os acionistas da Hispamar não pretendem cancelar a contagem regressiva para o lançamento do Amazonas 2, satélite programado para ir ao espaço em junho de 2009. Do montante superior a 200 milhões de euros envolvidos no projeto, grande parte já foi desembolsada, pois tratava-se de dinheiro em caixa gerado com a venda da capacidade do Amazonas 1, disse o diretor comercial nacional da Hispamar, Sérgio Chaves. A crise financeira mundial não assusta a empresa, que tem 82% de seu capital controlado pela Hispasat, da Espanha, e 18% pela Oi. Ao contrário, o executivo lamenta que a demanda atual seja maior do que o seu satélite pode atender. "Infelizmente. Hoje falta capacidade satelital no mercado", lembra Chaves.
Além do aquecimento do mercado existe uma grande demanda reprimida, e uma das explicações é a entrada dos novos players em DTH, consumindo mais banda satelital. A demanda maior é no continente sul-americano, onde existem mais operadoras de TV via satélite e de telecomunicação – o número de operadoras não cresce muito, mas o volume de serviços gerado por elas é grande. Em telecomunicação, a demanda maior é para atender a clientes em pontos remotos, inclusive com banda larga. Neste caso, o backbone é via satélite, mas não a última milha. Esses dois segmentos de empresa representam mais de 70% do faturamento da Hispamar, o que não é comum, diz o diretor: "Mais de 70% da capacidade do satélite é voltada para vídeo, broadband."

Demanda cresce até 2011

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Para a Hispamar, a demanda deverá continuar ascendente até 2011. Neste prazo já haverá novo satélite para acomodar a demanda e em 2013 deverá ser lançado o Amazonas 3. O Amazonas 2 está em fase de fabricação e a empresa garante que não haverá interrupção. Inclusive já foi vendida parte de sua capacidade. Falta fazer o pagamento do seguro (o valor não foi revelado) e os testes de órbita (IOT), que naturalmente só ocorrem após o lançamento. Por terem a mesma posição orbital, os satélites podem contar com o crescimento dos mesmos serviços, nas bandas C, Ku e Amerhis. Esta última tecnologia, voltada para videoconferência e serviços multimídia, tem como uma das principais vantagens a eliminação do delay e oferecer maior segurança na comunicação. Segundo Chaves, a Amerhis é oferecida nas Américas apenas pela Hispamar.
A receita da operadora para não ficar à mercê da volatilidade é ter clientes-âncora, que precisam crescer para se posicionar no mercado. A previsão de faturamento da empresa para este ano é de R$ 110,98 milhões, dos quais R$ 82,7 milhões no Brasil e R$ 28,28 milhões para a área internacional.

Projeto com a Oi

A Hispamar iniciou um projeto com a Oi para atender a 300 pontos do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) – até março de 2009 serão 700 pontos. A empresa de satélite provê os serviços e faz o gerenciamento do satélite, enquanto a Oi se responsabiliza pela infra-estrutura.

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