Minoritários: Brasilcel agrada de um lado, mas desagrada de outro

Na avaliação de analistas do mercado ouvidos por TELETIME News, o resultado das Ofertas Públicas de Ações (OPA) da Brasilcel, controladora da Vivo, acabou sendo favorável para os acionistas minoritários. Tanto para os que conseguiram vender papéis das operadoras de telefonia móvel (Tele Sudeste, Tele Leste, CRT e Tele Centro Oeste) quanto para aqueles que continuaram com ações de algumas delas no portfólio. Mais de 50% das ofertas foram aceitas ? bem acima do limite de 1/3 da proposta; e a liquidez dos papéis na Bolsa de Valores de São Paulo caiu menos do que era esperado. Em compensação, deixou má impressão a decisão da Telesp Celular de propor um aumento de capital equivalente a R$ 2,053 bilhões para cobrir a aquisição da Tele Centro Oeste Celular. É evidente a diluição da participação acionária de quem não quiser ou não puder acompanhar o aumento.

Sucesso

O resultado do leilão das Ofertas Públicas de Ações (OPA) da Brasilcel foi bem melhor do que a maioria do mercado imaginava. Os investidores que toparam vender tiveram mais de 50% de suas propostas aceitas, acima, portanto, das expectativas. E no day after, a queda de liquidez foi menor do que estimava inicial.

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Como se recorda, a oferta da controladora da Vivo por ações da Tele Sudeste Celular, Tele Leste Celular, CRT Celular e Tele Centro Oeste Celular era muito atraente, porque os preços propostos estavam bem acima das cotações de mercado. No caso da Tele Leste, mais de 30% acima. Ocorria, porém, que a Brasilcel só se propunha a comprar 1/3 dos papéis em circulação, provocando no mercado o temor de que os papéis não vendidos padeceriam de baixas condições de liquidez após o leilão, com conseqüente desvalorização.
No entanto, prevaleceu a previsão feita pela Fator Corretora: o risco de alguém ?micar? com ações das quatro operadoras em questão não era tão grande. Principalmente porque nem todos os acionistas iam querer vender. Uma grande parte deles, que haviam recebido os títulos por ocasião da compra de telefones em planos de expansão, nem sabem exatamente que são acionistas. Ou seja: o free-float real seria menor do que se calculava (talvez 25% ou menos). Em lugar de 1/3, a analista Jacqueline Lison, acreditava que seriam aceitas entre 39,2% (CRTP5) e 44,4% (as demais) das propostas.
Segundo a Bovespa, com exceção das ações ordinárias da Tele Sudeste, todas as demais quantidades ofertadas superaram as quantidades máximas a serem adquiridas pela Brasilcel. Para as preferenciais da TCO houve rateio de 55,47%. Para as ON e PNA da CRT Celular os percentuais de rateio foram de, respectivamente, 53,76% e 55,31%. No caso de Tele Leste Celular, os percentuais ON e PN, respectivos, foram de 34,03% e 42,50%. Para a Tele Sudeste Celular PN, o rateio foi de 62,84%.
É certo que algumas dessas ações caíram muito nesta quarta, 13, data do tiroteio entre comprados e vendidos do mercado futuro de índice Bovespa. Assim mesmo, não houve a super-desvalorização imaginada. Os valores mais ou menos se mantiveram nos patamares anteriores. Tele Sudeste ON ficou inclusive acima do preço pago pela Brasilcel.

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