Entre 2015 e 2020, as operadoras móveis investirão US$ 170 bilhões em infraestrutura de rede na América Latina, prevê a GSMA. Esse montante é 60% maior que o investido pelo setor nos seis anos anteriores, quando desembolsaram cerca de US$ 106 bilhões.
Boa parte desse investimento estará concentrado na expansão das redes 4G na região. Atualmente, há 39 operadoras com redes LTE em 15 dos 22 países da América Latina. A base de usuários 4G, contudo, ainda é pequena: apenas 2,4% das 683 milhões de linhas móveis em serviço na região se conectam à rede LTE, informa a GSMA. A média global é de 8,4%.
A adoção do 4G na América Latina está mais lenta do que fora a do 3G. A GSMA atribui essa lentidão aos seguintes fatores: pouca disponibilidade de espectro abaixo de 1 GHz; dificuldades burocráticas para instalação de novas antenas em grandes cidades; preços altos dos smartphones 4G; e contexto macroeconômico difícil. Vale lembrar que o 3G chegou à América Latina muito depois da Europa, quando já havia uma escala maior de produção de equipamentos de redes e devices, o que tornava os preços mais baixos. O 4G, por sua vez, desembarcou aqui quase que simultaneamente a vários mercados desenvolvidos.
Apesar das barreiras, a expectativas para o futuro são otimistas. A GSMA espera que, em 2020, 28% da base de linhas em serviço na América Latina serão 4G.
Os números foram divulgados pela GSMA durante o evento Mobile 360, realizado nesta quarta-feira, 13, o Rio de Janeiro.