A Level 3 não abre números específicos do portfólio de serviços, mas 73% das receitas da empresa são para a área de transporte de dados, incluindo redes IP e redes de distribuição de conteúdo (CDN). E, de acordo com a especialista em produtos de gerenciamento de rede, MPLS e CDNs, Christiane Nicoletti, essa área de CDN na empresa tem crescido "bastante, com dois dígitos" na América Latina. "É o produto que tem maior crescimento e demanda, agora não só o mercado de e-commerce e entretenimento veem valor, os demais segmentos têm investido também – ou por melhora de qualidade de usuário, ou por otimização da infraestrutura", declarou ela nesta terça, 13, em São Paulo.
Somente em CDN, a Level 3 afirma ser a segunda em market share no mercado brasileiro. "Estamos caminhando para o primeiro (lugar)", garante Christiane. A estratégia para conseguir isso é apostar em uma gama de serviços que a empresa afirma ser mais ampla do que a da concorrência. "A gente não tem tanto servidor porque controlamos a rede, somos o único player hoje no Brasil que faz isso, que tem solução de telecom, rede própria e CDN, com uma oferta desenhada. Isso faz a diferença na questão de performance. Casado com um modelo comercial flexível, a gente tem feito bastante sucesso, crescendo significativamente a base de clientes." A companhia conta com três data centers no Brasil nas cidades de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
A plataforma de rede de entrega de conteúdo da Level 3 é relativamente nova. Há um ano, quando a empresa promoveu encontro semelhante com a imprensa, a companhia havia lançado a solução há seis meses, com montagem de pontos de presença (POPs, que agregam nós e servidores na CDN) e definição de estratégia na abordagem. Hoje, Christiane diz que possui um produto mais maduro. "Fizemos algumas ações no passado em termos de penetração, tendo uma oferta de melhor custo/benefício para quebrar um pouco a barreira de entrada. E isso funcionou muito bem, conseguimos uma boa atenção do mercado", avalia.
A velocidade da implantação das CDNs varia para cada cliente, mas a negociação nem sempre é muito rápida. "Às vezes tem segmentos, como (portais de) notícias, que têm infraestrutura grande e é complicado 'virar' (colocar o sistema na CDN) de uma vez só", diz a especialista da Level 3. "A gente sempre adota o que é mais conveniente para o cliente, com uma oferta comercial mais flexível, sem grandes comprometimentos."