O primeiro painel do 7º Tela Viva Móvel teve como tema a o acesso à internet pelo celular, mas foi inevitável discutir um assunto que deve esquentar bastante este ano no Brasil: o patrocínio de conteúdo para o celular. A diretora de serviços de valor adicionado (SVA) da Claro, Fiamma Zarife, é favorável à adoção desse modelo. "Conteúdo patrocinado pode ser muito interessante no mercado brasileiro, haja vista que 85% dos usuários são pré-pagos e à vezes a compra de créditos compete com a compra de comida", disse a executiva durante o debate. "Conteúdo patrocinado pode ajudar a massificar e democratizar o acesso à SVAs", complementou Fiamma. O CEO da Pure Bros, Rafael Magdalena, que participou do mesmo debate, acredita que no futuro coexistirão os dois modelos: o pago e o patrocinado.
Outro debatedor, o presidente da Yavox, Andreas Blazoudakis, levantou a questão do custo da publicidade no celular, que hoje ainda é bem mais alto que na internet. É importante lembrar, contudo, que são mídias diferentes, com características próprias.
Assinatura vs. patrocínio
O tema também foi abordado na palestra de abertura do evento, ministrada pelo diretor de pesquisas na América Latina da Nielsen Mobile, Roberto Vazquez. Ele disse que nos EUA o modelo de conteúdo patrocinado já começa a ser adotado e pode ser a solução para a queda das vendas de assinaturas de SVA. "Atualmente, o tempo médio que o americano permanece como assinante de um serviço de SVA é de 2,4 meses", informou. No Brasil, o modelo de assinaturas começou a ser oferecido há pouco mais de um ano por empresas como Dada.net e Buongiorno. Até agora seu desempenho tem sido descrito como um sucesso, mas é cedo para saber por quanto tempo continuará assim.