Aparelhos roubados alimentam indústria do desmanche

O imenso volume de celulares no mercado brasileiro – mais de 88 milhões registrados em fevereiro – já propiciou o surgimento de outro tipo de negócio: o desmanche de aparelhos. Muito parecido com o desmanche de veículos, esse negócio é alimentado pelas lojas de reparos, que geralmente precisam de peças de reposição. E é aí o destino de grande parte dos handsets roubados; outra parte é revendida no mercado e habilitada para novos usuários.
Desde 2000, quando foi criado, o Cadastro de Estações Móveis Impedidas (Cemi), ligado à ABR Telecom, registrou 4 milhões de aparelhos desaparecidos, inclusive os perdidos. E o número pode ser maior ainda, porque muitos usuários não fazem BO em caso de roubo.
A ABR Telecom, sucessora da Associação Brasileira de Roaming (ABR) e que passou a representar também as teles fixas, coloca à disposição das vítimas um sistema para que registrem a série dos aparelhos, para bloqueio, após a comunicação de desaparecimento.

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O Cemi integra handsets TDMA e CDMA. Para os GSM outro elemento de rede faz o controle, o EIR (Equipment Identity Registers), cuja função é a mesma do Cemi.
A GSM Association (GSMA) não está satisfeita com os procedimentos adotados em relação a roubo de aparelhos desta tecnologia no Brasil. O diretor de fraude e segurança da entidade, James Moran, baseado em Dublin, na Irlanda, informou a este noticiário que hoje há 47 operadoras conectadas com o novo banco de dados IMEI (International Mobile Equipment Identity) da GSMA, a maioria (42) da Europa. No início deste ano, a Telefónica do Chile tornou-se a primeira tele da América Latina a se conectar ao banco de dados, e ele espera que isto motive as outras empresas da região. O diretor também reclama da falta de estatísticas sobre esses crimes no Brasil.

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