A essencialidade da cadeia de telecom reconhecida com a redução do ICMS em 2022 precisa se reiterada na reforma tributária, defendeu o CEO da TIM, Alberto Griselli, durante o Painel Telebrasil Summit 2023 – iniciado nesta terça-feira, 12, em Brasília.
"Nós como setor entramos na categoria de serviços essenciais no ano passado e vimos redução significativa do ICMS que foi muito positiva para a cadeia e para clientes. Precisamos consolidar os ganhos que atingimos e voltar a ser serviço essencial na reforma tributária", apontou o executivo, em painel com outros CEOs da cadeia. "Afinal de contas, somos serviço essencial, porque cada um de nós utiliza nossos serviços para trabalhar, estudar e se divertir. O desenvolvimento digital do País depende dessa infraestrutura".
Como mostrado por TELETIME, o tratamento diferenciado para telecom nas discussões tributárias em curso no Senado encabeçam as prioridades do setor. Ao lado da pauta está o pleito por contribuição das big techs no financiamento de redes. Para Griselli, essa segunda demanda também precisa passar pela reavaliação do zero rating – considerado pelo executivo como uma das peculiaridades da versão brasileira da discussão.
Neste sentido, o CEO declarou que a mudança na relação com as big techs passa muito pelas próprias operadoras, além dos órgãos reguladores. Griselli recordou que quando a prática do zero rating começou no País, aplicativos com uso fora da franquia móvel eram baseados em texto, ao passo que hoje eles integraram vídeo – exigindo assim uma mudança de postura.
Retorno
Griselli também teceu comentários sobre a perspectiva de retorno sobre capital no setor de telecom brasileiro. O executivo afirmou ser constantemente questionado por investidores estrangeiros sobre o tema. "Crescemos muito nos últimos anos, mas ainda não temos retorno satisfatório", relatou. Neste sentido, o 5G é considerada grande arma para rentabilizar investimentos, ao alavancar a produtividade das operadoras.
