Consolidação na banda larga é positiva para setor, avalia dona da Claro

A consolidação no mercado brasileiro de banda larga é um movimento positivo que deve ser benéfico para todo o segmento, avaliou nesta quarta-feira, 12, a mexicana América Móvil – controladora da Claro, que lidera a oferta do serviço no País.

O diagnóstico ocorreu em conferência sobre os resultados do grupo no segundo trimestre. Questionado sobre o recente anúncio de combinação de ativos entre Vero e Americanet, o CEO da AMX, Daniel Hajj, foi categórico. "É bom que o mercado se consolide, pois há muitos players no Brasil. Essas companhias precisam se consolidar; é bom para o mercado e para todos".

A própria América Móvil, por sua vez, não estaria envolvida em conversas para consolidação no mercado de banda larga, embora se coloque aberta a oportunidades. Segundo o comando da mexicana, o foco é seguir ampliando os investimentos em modernização de rede, com destaque para fibra óptica.

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Na ocasião, Hajj e o comando da AMX comemoraram o terceiro trimestre seguido de crescimento da operação brasileira no mercado de banda larga, impulsionada por ofertas de maiores velocidades. Além da extensa rede de cabo (que hoje suporta ofertas de até 1 Gbps), a Claro soma 9,9 milhões de homes passed (HPs) com fibra no Brasil em 423 cidades, sendo 29 lançadas no segundo trimestre de 2023.

TV paga, móvel e B2B

A América Móvil também trouxe alguns detalhes novos em relação ao balanço divulgado pela Claro no mercado brasileiro na última terça-feira, 11. Um dos assuntos foi a TV por assinatura, onde a brasileira registrou 156 mil desconexões no trimestre. Neste caso, a AMX destacou a retração no ritmo da contração, que passou para atuais 5,1% ante 11,2% há um ano. "O declínio de longa data da TV paga está diminuindo", apontou a empresa, no release de resultados.

No caso do segmento móvel, a mexicana detalhou que foram 827 novos mil assinantes brasileiros no segundo trimestre, sendo 632 mil pós-pagos. Do crescimento de 12,6% no móvel que turbinou os números da Claro, 0,8% foram atribuídos à base oriunda da Oi, agora totalmente integrada, apontou a AMX.

Já no mercado corporativo, uma queda de 1,1% reportada chamou atenção. Segundo o comando da América Móvil, o resultado fora da curva no Brasil foi resultado de pressão exercida por certos contratos no segmento de cloud, ao passo que outros elementos da abordagem B2B – como IoT, serviços digitais ou de gerenciamento de rede – continuariam crescendo de forma robusta.

Balanço

Como um todo, a América Móvil reportou receita de 203 bilhões de pesos mexicanos no segundo trimestre (cerca de US$ 12 bilhões). Os valores recuaram 4,6% em uma base anual, sobretudo por conta de efeitos cambiais, relata a gigante mexicana.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da AMX também recuou no período (3,8%, para 78,7 bilhões de pesos); já o lucro líquido do grupo quase dobrou em um ano (para 25,8 bilhões ante 13,6 bilhões), por conta de ganhos cambiais.

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