A TIM acredita que a definição de regras para o leilão de espectro 5G precisa ocorrer em sintonia com os movimentos de consolidação do setor, que podem evoluir ao longo de 2020 – sobretudo no que tange uma eventual venda de ativos da Oi, como a Oi Móvel.
"É difícil definir regras do 5G sem a consolidação de mercado. Se tivermos cinco players, as regras serão para cinco. Já se tivermos três, elas precisam refletir esse cenário. A consolidação deve acelerar o 5G. Sem ela, fica mais difícil", afirmou nesta quarta-feira, 12, o CEO da TIM, Pietro Labriola, em teleconferência sobre os resultados financeiros da empresa no quarto trimestre de 2019.
Na ocasião, Labriola reafirmou o interesse em ativos de competidoras que sejam colocados à venda. "Nossa posição financeira melhorou porque estamos nos preparando para a consolidação. Estamos prontos e há ativos que devem ser colocados à venda no mês que vem", pontuou o executivo. "Um dos players chave [para o processo de consolidação] está acelerando", prosseguiu Labriola, sem, no entanto, citar nominalmente a Oi. O principal interesse da TIM, como já afirmado anteriormente, seria a aquisição de frequências e clientes.
Vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole seguiu o mesmo caminho ao afirmar que "haverá ganho no 5G quando entendermos quantos players existem". A companhia, contudo, não projeta um movimento fora do comum no capex por conta da implementação da tecnologia de quinta geração; em vez disso, acredita que medidas como acordos de compartilhamento abram espaço para uma alocação mais eficiente dos recursos disponíveis.