A Telefônica encerrou o ano de 2002 com um lucro líquido de R$ 1,075 bilhão, resultado 31,7% inferior ao obtido em 2001 (R$ 1,576 bilhão). Cerca de 90% dos empréstimos da Telefônica estão em moeda estrangeira. No mesmo período, a operadora investiu R$ 1,658 bilhão e pagou aos governos federal, estadual e municipal mais de R$ 4 bilhões em impostos.
Transição
Segundo as considerações do balanço, o ano de 2002 foi marcado por uma transição de estratégia da operadora. O foco, antes na antecipação de metas, passou a ser orientado pelo estreitamento da relação com o assinante.
A Telefônica estima ter atingido 36% de market share na LDN e de 32% na LDI nas ligações originadas no Estado de São Paulo. Por outro lado, o número de linhas em serviço caiu 0,9%, de 12,6 milhões para 12,5 milhões.
O EBITDA foi de R$ 4,953 bilhões, resultado 8,3% superior aos R$ 4,574 bilhões registrados ao final de 2001.
A receita operacional líquida acumulada apresentou um crescimento de 11,5%, atingindo R$ 10,088 bilhões ante os R$ 9,049 bilhões obtidos em 2001.
Prejuízo em dados
A Telefônica Data, da qual a Telefônica Empresas é subsidiária integral, registrou prejuízo de R$ 30,8 milhões em 2002, superior à perda de R$ 22,9 milhões em 2001. O motivo, segundo o balanço, foram os investimentos realizados na ampliação e modernização da planta, sobretudo na rede de transmissão de dados por pacotes, rede IP e data center (a Telefônica Data investiu R$ 140 milhões em 2002). A receita operacional líquida evoluiu 78%, chegando a R$ 315,7 milhões (R$ 138,4 milhões em 2001). O EBITDA foi de R$ 33,8 milhões, crescimento de 291,1% em relação a 2001.