Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden defendeu uma ação bipartidária de congressistas norte-americanos para um projeto de regulação das grandes empresas de tecnologia (big techs) no país.
Em artigo de opinião publicado no Wall Street Journal, o político propôs que democratas e republicanos dos Estados Unidos se unam em um projeto para responsabilização das plataformas digitais. Movimentos similares são discutidos no Brasil e na Europa, ainda que em contextos e escalas distintas.
No caso norte-americano, proteções relacionadas à privacidade foram colocadas pelo presidente em papel de destaque, incluindo limites para uso de dados de geolocalização, biométricos, médicos e de crianças e adolescentes.
Biden também defendeu reforma para responsabilização das plataformas em temas como conteúdo discriminatório e funcionamento de algoritmos. Neste sentido, uma revisão de ato que isenta as big techs de responsabilidades sobre o conteúdo postado nas suas redes (a Seção 230 do Communications Decency Act) foi demandada.
Em paralelo, ações no campo competitivo também foram sugeridas. "Quando as big techs se tornam grandes demais, muitas encontram formas de promover seus próprios produtos enquanto excluem ou colocam em desvantagem os demais competidores", afirmou Biden. "Precisamos de regras mais justas. A próxima geração de grandes companhias norte-americanas não pode ser sufocada pelas incumbentes antes de terem a chance de decolar".
O chefe do executivo dos Estados Unidos ainda rememorou ações tomadas nos últimos dois anos para regular as gigantes da telecnologia. "Já ouvimos bastante sobre a criação de comitês. Agora é hora de caminhar e fazer algo", afirmou Biden, na mensagem aos congressistas.
