Política para economia digital envolverá diversos setores e órgãos públicos, afirma Paulo Pimenta

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, toma posse, no Salão Oeste do Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

No discurso de posse como ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta destacou que chamará todos para debater uma política para o mundo digital. Segundo Pimenta, este debate está acontecendo da mesma forma em outros países.

"Este debate está acontecendo no mundo todo. Todos serão chamados. O Brasil, devido ao seu protagonismo global, não pode ficar de fora", disse o novo ministro da Secom, na solenidade de posse que aconteceu no Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira, 3.

Perguntado se essa medida puxada pela Secom conflitará com atribuições, Paulo Pimenta disse que este debate não envolverá a construção de uma agenda regulatória, mas será algo mais amplo e diversos outros órgãos participarão dele. "O decreto que foi publicado com a reestruturação dos ministérios definiu as competências. E este debate envolve Ministério da Justiça, Ministério das Comunicações, Ministério da Ciência e Tecnologia. E a Secom vai auxiliar estes órgãos neste debate", disse Pimenta.

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Combater as Fake News

"Não podemos permitir que um governo patrocine ou invista em anúncios em sites ou faça impulsionamentos que divulgam desinformação. A comunicação governamental no último período foi contaminada com este viés ideológico. Deixamos de fazer campanhas como as de combate ao HIV/Aids, as de vacinação. Não é possível que uma agenda de prestação de serviços seja capturada por uma agenda ideológica", afirmou Pimenta.

No discurso de posse, Paulo Pimenta ressaltou novamente que a comunicação governamental precisa voltar a ser uma via de acesso seguro, confiável e com credibilidade para que o Brasil percorra um caminho mais tranquilo para o futuro. "A comunicação de governo precisa recuperar a capacidade e a credibilidade para ser um difusor de informações relevantes, com parâmetros para que se possa separar o joio do trigo. Nos últimos anos, houve uma deliberada confusão nessas ações. A falta de credibilidade de autoridades, que se distanciaram da verdade e dos fatos, alimentou uma indústria que atrapalhou até mesmo no combate ao vírus da Covid-19. A desinformação mata! Não queremos nunca mais passar por esse tormento", afirmou.

A volta da EBC

Sobre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que foi retirada da lista de privatizações pelo presidente Lula nesta semana, Paulo Pimenta afirmou que fará a separação da programação do canal NBR, do poder executivo, e da TV Brasil, o canal público mantido pela estatal. "Vamos trabalhar para que a NBR e a TV Brasil voltem a ter papéis específicos. A NBR voltará a ter sua função de TV governamental e se prestará a comunicar as ações do governo, enquanto a TV Brasil seguirá como uma TV pública, prezando sempre pela qualidade de seus produtos e das informações levadas ao país".

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