A chinesa Huawei terá, ainda este ano, produção local de handsets no Brasil com marca própria. Segundo o vice-presidente da empresa, João Pedro Flecha de Lima, os investimentos, o sistema (GSM ou CDMA), a data precisa e o local ainda não estão definidos. A fabricação de aparelhos poderá ser própria ou em joint venture com outra empresa, mas também isso está em discussão. Fora da China, os únicos países que têm produção local de aparelhos são a Rússia e o Egito. A instalação da Huawei em Campinas (SP) tem apenas uma linha de montagem de aparelhos. No Brasil, segundo Flecha de Lima, a empresa faturou US$ 100 milhões no ano passado e US$ 50 milhões em 2003. Para este ano, a estimativa é faturar US$ 200 milhões. Os principais mercados da empresa no País foram os de banda larga, handsets e equipamentos de comunicação de dados. Há cinco anos no Brasil, a Huawei investiu cerca de US$ 30 milhões no País.
Fixas
Do total do faturamento obtido no Brasil, de US$ 100 milhões, mais de 50% vieram do fornecimento de produtos e serviços para as teles fixas Brasil Telecom, Embratel, GVT, Telefônica e Telemar. Em três anos, foram comercializados 300 mil acessos de banda larga (30% do mercado). Desde 2004, a empresa também já vendeu cerca de 100 mil modems para a Brasil Telecom e Telemar. A própria Telemar fechou contrato recente com a Huawei para a compra de LAN switches e roteadores para a construção de seu backbone IP.
Móvel
No segmento móvel, a Huawei fornece para a Vivo (CDMA), CTBC e Telemig (GSM). A empresa forneceu toda a solução GSM para a CTBC, que está em fase de migração do sistema TDMA. O mesmo fornecimento ocorre na Telemig, que também migra do sistema TDMA para GSM.
No mundo, a Huawei faturou US$ 5 bilhões no ano passado e US$ 3,8 bilhões em 2003. Para este ano, calcula-se que o faturamento chegará entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões.
