Telefônica investe em rede de fibras FTTH

Embora tendo uma grande base de banda larga pela tecnologia ADSL, que deve terminar o ano com 1,6 milhão de assinantes, a Telefônica concluiu que sua rede de par de cobre tem limitações técnicas para entregar vídeo, seja sob demanda, seja de forma similar às operadoras de cabo, com grade de programação.
Face a esta limitação, a Telefônica está iniciando um teste-piloto na região dos Jardins com 2 mil clientes para oferecer serviço de video-on-demand pela tecnologia Fiber To The Home (FTTH), que deve se iniciar no ano que vem. O produto será comercializado em parceria com outras operadoras, entre elas a TVA – recém aquirida pela Telefônica.
Uma preocupação da empresa foi com os custos do teste-piloto, razão pela qual foi escolhida a região dos Jardins que tem alta desidade populacional e abriga clientes de alto poder aquisitivo.

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Para Fernado Xavier, atual presidente da empresa (que deixa o cargo em 2007) o triple play é uma demanda do mercado para as empresas de telefonia fixa. ?O mercado determinou que a empresa de telefonia fixa pode oferecer TV por assinatura; e o órgão regulador deve acompanhar?, disse ele. O posicionamento da companhia, de fato, é bem claro. A investida da operadora se explica pela restrita largura de banda da rede de ADSL, o que impossibilita a prestação de serviços mais avançados como video sob demanda e até TV por assinatura com grade de programação.

WiMax

Em referência à proibição das incumbents de participarem do leilão das faixas de 3,5 GHz e 10,5 GHz, Fernando Xavier sugere que a Anatel crie um prazo de 18 meses em que o serviço possa ser prestado apenas pelas autorizadas. Dessa maneira, o executivo acredita que a competição estará preservada. A sugestão de Xavier, na prática, é a mesma coisa que aconteceu na ocasião do leilão da faixa de 1,9 GHz para o Wirelles Local Loop (WLL), em que as incumbents só puderam atuar nas cidades com menos de 50 mil habitantes durante 18 meses.
Xavier se mostrou insatisfeito com o governo que, segundo ele, ?estende um tapete vermelho? para os investimentos em outros setores de infra-estrutura como rodovias e portos, mas não apóia, o setor de telecomunicações. ?Anualmente investimos cerca de R$ 1,5 bilhão só na Telesp. Não se ouve o presidente Lula falar de telecomunicações?, disse ele.

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