Dantas quer convencer juiz que acordo com TI é bom para BrT

O Opportunity está adotando uma nova linha de defesa em Nova York a partir de agora. A tese que parece estar sendo desenvolvida pelo banco é que o acordo com a Telecom Italia é bom para a Brasil Telecom e que, por isso, o Citibank não deveria questioná-lo. Segundo a documentação entregue nesta quarta, 11, pelo grupo de Daniel Dantas à justiça norte-americana, a transação com a Telecom Italia atende às imposições da Anatel e é financeiramente positivo para a operadora. O Opportunity apresenta um parecer do advogado Floriano Peixoto Azevedo Marques atestando que a Anatel não adiaria o prazo de 18 meses concedido no ano passado para que a Telecom Italia e a Brasil Telecom resolvam o problema de sobreposição de licenças. Esse prazo vence em 18 de julho de 2005 e, em função dele, diz o Opportunity, a aprovação da fusão entre TIM e BrT GSM precisa acontecer rapidamente, não podendo esperar que Citibank e fundos de pensão reganhem o direito de comando das empresas.
O Opportunity ainda apresenta um estudo elaborado pela consultoria Spectrum, assinado por João Santelli Junior, atestando que a longa distância da TIM, que será transferida para a Brasil Telecom, representa uma receita adicional anual de R$ 342 milhões para a BrT. O estudo da Spectrum também supõe que haverá um ganho de sinergias e escala de R$ 735 milhões com a fusão das celulares, de modo que o cômputo final da operação negociada entre Opportunity e Telecom Italia representa, para a Brasil Telecom, um benefício direto de R$ 1,07 bilhão ao ano. Segundo a Spectrum, que diz ter se baseado em sua experiência e nos dados oferecidos pelas operadoras envolvidas na fusão para fazer o estudo, a operação móvel da Brasil Telecom vale R$ 2,4 bilhões ao valor líquido presente. Quem pagou o estudo da Spectrum foi a própria Brasil Telecom. Segundo o Opportunity, a negociação da fusão foi feita entre Carla Cico e Marco de Bennedetti, presidente da TIM mundial.
O Citibank em sua argumentação alega que a avaliação da fusão deveria estar sendo feita pelos administradores indicados pelo Citi e pelos fundos de pensão, e não pelos administradores (em parte, parentes de Dantas) ligados ao Opportunity.

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