As operadoras de cabo dos EUA estão levando a sério os serviços de voz, mas o que se percebe é que, apesar dos 5,6 milhões de assinantes, ainda não há um modelo de negócios definitivo. A maior parte do assinantes ainda está em plataformas antigas, baseadas em sistemas comutados. Tecnologias por pacotes, como Packet Cable e VoIP, ainda estão sendo implementadas. As operadoras têm variado as formas de explorar os serviços. Há aquelas que optaram pela estabilidade do Packet Cable e as que adotaram o modelo de empresas como a Vonage, com a plataforma SIP, que dá mais potencial de serviços multimídia e maior flexibilidade mas pouca garantia de qualidade. A Comcast, por exemplo, pretende ter as duas até o final do ano.
O que tem chamado a atenção dos operadores é o percentual de fidelidade que os serviços de VoIP adicionam. Para empresas de cabo, o churn tende a cair 45% com a adição do VoIP. Para provedores de telefonia tradicional, soluções de VoIP, mais baratas, tendem a reter o cliente em um percentual 24% maior.
As teles têm respondido aos serviços de voz competitivos por parte das operadoras de cabo de forma lenta, segundo os executivos que debateram o assunto durante a NCTA Cable 2006, que termina nesta terça, 11, em Atlanta. "A impressão que dá é que as teles só acordam quando chegamos a um percentual incômodo de mercado", diz David Pugliese, diretor de telefonia da Cox.
NCTA Cable 2006