Vivo investe em nova tecnologia de rádios digitais

Desde o último dia 20 de janeiro, algumas estações radiobase (ERBs) da Vivo operam com um novo rádio digital que oferece o triplo da capacidade de transmissão ocupando a mesma largura de faixa de radiofrequência. A nova solução, batizada de DBR-1500 4E/50 MX, foi desenvolvida e fornecida pela fabricante gaúcha Digitel e se encontra em operação comercial em algumas ERBs da Vivo na região Centro-Oeste.
Segundo Lierson Brígido, gerente da unidade estratégica de negócios wireless da Digitel, o segredo do rádio, que opera na faixa de frequência de 1,5 GHz, é que ele possui um cancelador de interferências de polarização cruzada. Isso permite que sejam utilizadas as duas polarizações do espectro (1,427–1,452 MHz e 1,492-1,517 MHz) de uma mesma antena, em um mesmo canal de radiofrequência. "São os primeiros enlaces do mundo com essa facilidade de operação", comemora.
Além disso, explica ele, a solução é importante também pois preenche uma lacuna no mercado de rádios digitais. "Até então, ou a operadora instalava uma solução de 16 Mbps, insuficiente para o backhaul, ou de 150 Mbps, muito cara e mais adequada para o backbone, por ser de alta capacidade", explica. Faltava uma solução intermediária para regiões de menor densidade populacional, como cidades pequenas e médias.

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"Onde havia 8 E1s (16 Mbps), agora consigo entregar 12 E1s em cada polarização, ou seja, 24 E1s (48 Mbps) na mesma largura de radiofrequência", explica. Com isso, a operadora economiza com a instalação dos onerosos rádios de 150 Mbps e podem reaproveitá-los no backbone, onde serão mais adequados. Todas essas vantagens, segundo Brígido, por 1,7 vezes o valor do enlace de 16 Mbps.
Além disso, o DBR-1500 4E/50 MX, de acordo com o gerente da Digitel, também trabalha com maior raio de cobertura, por ser de menor freqüência (1,5 GHz).
Novas implantações
O executivo informa que já estão sendo feitas instalações da nova solução em ERBs da Vivo na região Norte e que a operadora tem interesse em ampliar esse contrato. "Essa solução traz vantagens tanto no custo de aquisição (Capex) como no operacional (Opex) e se paga em poucos meses. Sem falar do retorno que a operadora terá com seus serviços", acrescenta. "Não é a toa que já temos licitações em andamento com a Oi e Telefônica", revela.
A Telefônica, segundo ele, utilizaria a solução tanto para interfaces E1s como para Ethernet, no tráfego de dados para o provimento de serviços de banda larga.

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