Oi inicia operação de rede de banda larga por fibra ótica no Amazonas

A Oi colocou em operação nesta sexta-feira, 11, a sua rede de banda larga por fibra ótica no Amazonas, que interliga a capital, Manaus, a Santa Helena, na fronteira com a Venezuela. O novo serviço, que foi anunciado há um mês na região, já está disponível, com planos que começam a partir de R$ 39,90. O projeto, acertado em 2008 entre os governos do Brasil e da Venezuela, faz parte do programa de investimentos da operadora de R$ 2 bilhões a serem aplicados em três anos na Amazônia Legal.
O plano, na realidade, é resultado de um acordo firmado anteriormente entre a Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), quando da aprovação da compra da Brasil Telecom pela operadora, para que levasse a banda larga à região, a preços mais acessíveis, já que a única opção até agora era a rede de banda larga por satélite da Embratel, cujo preço é de R$ 412.
A chegada da banda larga por fibra ótica à Manaus amplia significativamente a rede, que desde 2009 já beneficia Boa Vista, capital de Roraima, e agora passará a atender também os municípios de Mucajaí, Iracema, Caracaraí, Rorainópolis, Nova Equador, Nova Colina, no estado de Roraima, e Presidente Figueiredo. Nas três primeiras localidades a banda larga já foi implantada, enquanto nas demais a previsão é que o serviço entre em operação ainda neste primeiro semestre.

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O projeto, de acordo com o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, é fruto de um amplo acordo que, além dos governos do Brasil e da Venezuela, envolveu mais quatro empresas: a Globenet, subsidiária da Oi que opera o sistema de cabos de fibra ótica submarinos com 22 mil quilômetros de extensão, a Cantv companhia estatal de telecomunicações da Venezuela, a Eletronorte, controlada pela Eletrobras que atua na região, e a Oi.
O presidente da operadora brasileira diz que os investimentos no projeto giraram entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões, e contaram com recursos próprios da empresa e do Banco da Amazônia (Basa), por meio do Fundo de Desenvolvimento do Norte (FNO) e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA).
O cabo de fibra ótica atravessa um trecho de 784 quilômetros de Manaus até Boa Vista, de onde os dados seguem para Caracas, na Venezuela, por redes óticas da Eletronorte e da Cantv. A partir de Caracas os dados são transportados pela rede da Globenet. Da Venezuela, chegam aos Estados Unidos e à cidade de Fortaleza por meio de um cabo submarino. Da capital cearense, o cabo segue para o Rio de Janeiro.
Até agora, de acordo com Falco, a única conexão de banda larga existente na região era via satélite. "A diferença é que o serviço por satélite custa R$ 412 e o da Oi sai por R$ 39,90", compara. (Por esse valor é possível adquirir o serviço na velocidade de apenas 300 Kbps). O presidente da companhia diz que atualmente o serviço já tem 40 mil clientes em Manaus e a expectativa é que chegue a 80 mil até março. Na avaliação dele, quando chegar a cerca de 100 mil clientes, o serviço deve dar uma estabilizada. Mas, quando chegar aos outros quatro municípios, além de Mucajaí, Iracema e Caracaraí, Falco avalia que o número de clientes deve aumentar significativamente, já que essas localidades, juntas, têm cerca de 2 milhões de habitantes.
O ministro Paulo Bernardo ressalta que a rede de banda larga por fibra ótica na Amazônia vai possibilitar oferecer acesso à população às novas mídias e à informação. "E isso com o mesmo padrão de qualidade e de preço das demais capitais brasileiras", enfatiza. Ele diz que o desafio agora é trazer a rede de fibra ótica para os municípios que estão entre Manaus e Coari, município a 368 km e Manaus. Ao ressaltar que já há uma rede de fibra da Petrobras que interliga o gasoduto Urucu-Coari-Manaus, campo que produz petróleo e gás natural em Coari, o ministro revela que o governo está negociando com a companhia para que ela ceda o duto para passar a fibra.
A solenidade de lançamento da rede contou com as presenças do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, do presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, do Ministro do Poder Popular para Ciência e Tecnologia e Indústrias da Venezuela, Ricardo Menendez, além do presidente da Oi.

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