Diante de uma complicada situação financeira, a fabricante canadense de equipamentos de telecomunicações, Nortel Networks, contratou uma consultoria para estudar o futuro da empresa, caso falhe o plano de reestruturação anunciado em 10 de novembro. O jornal "The Wall Street Journal" informa que a companhia pensa até em entrar com um pedido de concordata para assim se beneficiar da lei canadense que regulamenta os processos de quebra. As ações da Nortel estão há um mês sendo negociadas abaixo de US$ 1, o mínimo requerido pela Bolsa de Nova York. Em novembro, a companhia anunciou que perdeu US$ 3,4 bilhões durante o terceiro trimestre do ano e suas intenções de eliminar 1,3 mil postos de trabalho no mundo todo para reduzir sua "estrutura corporativa".
Mike Zafirovski, que assumiu o cargo de executivo-chefe da companhia há três anos, após revitalizar a divisão de telefonia celular da Motorola, decidiu que a Nortel deve vender ativos para reduzir despesas e levantar caixa. No dia 17 de setembro, a companhia informou que iria vender suas operações de Metro Ethernet. As incertezas que cercam a condição financeira da Nortel limitam sua capacidade de vender seus serviços, já que seus clientes buscam segurança em contratos com concorrentes em situação melhor.
Em comunicado oficial, a companhia informa que é um "parceiro confiável no longo prazo". "A empresa não tem nenhum pagamento de dívidas a ser realizado até 2011 e está preservando e fortalecendo a sua posição. A Nortel continua com foco em executar uma significativa mudança no modelo operacional e na sua base de custo, que reflete o momento econômico que o mundo vive atualmente", diz o comunicado que também cita uma avaliação da agência Standard & Poor's reafirmando a capacidade da companhia se recuperar. "A Nortel é capaz de sustentar níveis adequados de liquidez nos próximos 12-18 meses", diz a agência de avaliação de risco.
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