Sercomtel alerta para a falta de sintonia entre as políticas públicas

Partiu do presidente da pequena Sercomtel e diretor da Telebrasil, Christian Schneider, talvez a crítica mais dura ao governo e também à própria capacidade do setor fazer valer os seus interesses no governo. Para ele, o Ministério das Comunicações tem sido incapaz de mostrar para outras áreas do governo a "transversalidade" do setor de telecomunicações, ou seja, a importância que os investimentos em banda larga têm para o desenvolvimento do País.

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"Falta sintonia, sinergia entre as políticas de infraestrutura. A gente não vislumbra sintonia de ações, integração. O nosso setor bem gerenciado tem impacto no setor educação, saúde, logística e melhoria da gestão pública como um todo", afirmou ele na abertura do Painel TELEBRASIL, que acontece essa semana em Brasília.

"E por mais que o setor tenha se esforçado em ser um partícipe ativo, a gente vê a falta de poder político intragoverno. Falta força política nossa de influenciar as políticas públicas de forma transversal. Isso não está na agenda política do Brasil", criticou.

Coube ao secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, sair em defesa do governo. Ele mencionou algumas ações, seja da Anatel ou do Ministério das Comunicações, que visam destravar questões que envolvem outros setores.

"Na concessão de rodovias está sendo colocado no leito da via infraestrutura passiva de telecom. Então, a gente tem conseguido fazer esse vínculo. A Anatel tem conversado de maneira muito clara e aberta com a Aneel sobre a questão dos postes", afirma ele. "A Anatel está conversando com a Ancine na questão do conteúdo. A gente tem conseguido, sim, fazer com que uma coisa que é inerente ao nosso setor passe para outro setor", defende ele.

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