Nos EUA, DTH lidera leilão de banda larga wireless

O consórcio Wireless DBS, formado pelas duas empresas (concorrentes entre si) de DTH nos EUA, a DirecTV e a Echostar, está liderando as ofertas no leilão iniciado pela FCC na quarta, 9, para as faixas de freqüência na casa dos 1,7 GHz, 1,9 GHz e 2,1 GHz (faixas denominadas de Advanced Wireless Service – AWS). As propostas das empresas de DTH são da ordem de US$ 352 milhões, as maiores de um total de US$ 1,47 bilhão recebido pela FCC em dois dias de leilão (que devem durar mais algumas semanas e arrecadar, estima-se, mais de US$ 15 bilhões). As ofertas do consórcio Wireless DBS são mais agressivas do que as feitas, por exemplo, pela operadora móvel T-Mobile, que joga pesado para conseguir freqüências suficientes para seu serviço 3G nos EUA, ou pela operadora Cingular.
Chase Carey, CEO da DirecTV, disse esta semana que a estratégia da empresa incluia a possibilidade de investir ou operar redes de banda larga wireless como complemento aos seus serviços de TV por assinatura. Nos EUA, onde mais de 90% dos domicílios têm cabo (a maior parte conta também com o serviço de banda larga) e onde as empresas de telefonia também investem pesado no triple-play, o DTH está tendo dificuldades para crescer.
No Brasil, depois de vários anos de crescimento das operadoras de DTH, houve uma acomodação no primeiro semestre, com crescimentos mais modestos do que os que se registrava na série histórica dos últimos anos, segundo levantamentos preliminares da PTS, empresa de pesquisa especializada em TV por assinatura ligada à Editora Glasberg, que edita este noticiário. Não significa, contudo, uma retração do mercado de DTH em função da concorrência com o cabo, que já oferece serviços de banda larga. Vale lembrar que DirecTV e Sky, por estarem em processo de fusão, mudaram suas estratégias comerciais momentaneamente. De qualquer maneira, não se pode descartar a hipótese de que também no Brasil, assim como nos EUA, a falta de uma saída banda larga seja um inibidor ao crescimento dos serviços via satélite.

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Sem interesse

Segundo interlocutores qualificados junto à Sky/DirecTV brasileira, a empresa não está preocupada nem tem como prioridade ter serviços triple-play neste momento no Brasil. Considera que a concorrência do cabo é muito menos intensa do que nos EUA e que ainda não há competição nessa área que justifique o assinante deixar de assinar TV paga por satélite apenas em função da comodidade de uma conta única ou de um provedor único de serviços de voz, dados e vídeo. A Sky/DirecTV espera crescimento de mais de 10% para os próximos 12 meses.
A DirecTV/Sky, contudo, está atenta às possibilidades abertas no Brasil, como a faixa de 3,5 GHz, mas é pouquíssimo provável que haja uma decisão dos acionistas (News Corp e Globo) de investir nessa área. Mas também não é uma hipótese totalmente impossível.
Vale lembrar que no Brasil a Telefônica planeja o lançamento de seu serviço de DTH para o final do ano.

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