Portugal Telecom não procura sócio para a Vivo

A Portugal Telecom não está à procura de um parceiro para substituir a Telefónica na estrutura acionária da PT na Vivo. A afirmação é do presidente da PT, Henrique Granadeiro, que participou de uma conferência com analistas, nesta quinta-feira, 10, sobre os resultados da empresa portuguesa. Segundo o executivo, a presença no Brasil e na África "são fundamentais para o crescimento e a diversificação do portfolio da operadora". A PT e a Telefónica controlam a Vivo com 31,5% das ações cada.
Granadeiro disse que a empresa está consciente das dificuldades que a Vivo atravessa (com um prejuízo líquido de R$ 19,3 milhões no primeiro trimestre) devido ao mercado extremamente competitivo, mas espera superá-los a médio prazo.
O mercado apontava um mal-estar entre a Portugal Telecom e a Telefónica, depois que esta votou a favor da venda das ações para a Sonaecom, já que a diretoria da PT foi contra a oferta hostil. Depois do anúncio da participação da Telefónica na Telecom Italia, cresceram as especulações sobre uma possível venda da Vivo pela Telefónica para concentrar-se na TIM no Brasil. Outra especulação é sobre um possível avanço da Telmex na Vivo, depois de ter sido recusada sua proposta pela Telecom Italia.

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Queda no lucro líquido

A Portugal Telecom teve um lucro líquido de 177 milhões de euros no primeiro trimestre, representando uma queda de 16,3% ante os 210,9 milhões de euros obtidos no mesmo período de 2006. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a PT atribui a queda ao "aumento dos custos com o programa de redução do número de empregados no primeiro trimestre de 2007 e ao decréscimo do imposto sobre o rendimento nos primeiros três meses de 2006, resultado do crédito fiscal registrado nesse trimestre". O programa de redução de empregados custou à PT 53 milhões de euros, em comparação com um milhão de euros no primeiro trimestre do ano anterior.
O Ebitda teve um crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período de 2006, alcançando 571 milhões de euros e margem Ebitda de 39,1%, um ponto percentual maior que o primeiro trimestre de 2007. Excluindo o impacto da depreciação do real face ao euro, o Ebitda teria aumentado 6,5% no primeiro trimestre de 2007. As receitas operacionais consolidadas aumentaram 2,5% comparado ao primeiro trimestre de 2006, para 1,46 bilhão de euros, impulsionadas pelo crescimento da Vivo e da TMN. Excluindo o impacto da depreciação do real face ao euro, as receitas operacionais consolidadas teriam aumentado 4,3% de janeiro a março deste ano.

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