BrT faz licitação com Telemig e Amazônia Celular

A Brasil Telecom (BrT), por meio de sua subsidiária Brasil Telecom Celular, anunciou que receberá a partir do próximo dia 14 propostas para a contratação de equipamentos de telefonia móvel para suas novas licenças de SMP e também para o overlay de rede para a Telemig Celular e Amazônia Celular. Com atividade atual em TDMA, as operadoras celulares têm o mesmo controlador da BrT, o gestor de fundos Opportunity, e no final de 2002 anunciaram acordo de cooperação com a BrT. A entrega tem prazo para até o dia 20 de janeiro, mas fornecedores contam com uma dilatação para o início de fevereiro.
Segundo o anúncio, a concorrência será aberta tanto a fornecedores do padrão CDMA quanto do GSM, indicando que a empresa levará em conta as propostas técnicas e de preço antes de decidir por um ou outro sistema. Como observou um profissional ligado ao setor de equipamentos de telecomunicações, isto significa que a BrT mantém total independência de grupos ou fornecedores do setor quanto a esta decisão.
Sabe-se que a escolha da BrT terá grande peso na disputa entre grandes grupos que operam na telefonia fixa e móvel no País, bem como para os fornecedores. Embora a operadora não tenha especificado em que faixa do CDMA pretende atuar, a expectativa no mercado é de que, caso opte por este padrão, tenda a operar o SMP em 1,9 GHz, utilizando-se em caráter secundário das frequências a que já tinha direito em sua concessão de telefonia fixa. Nesta hipótese, a Vésper, que pretende montar sua rede SMP com as mesmas características, seria entre as operadoras a maior beneficiária, ganhando de uma só vez a possibilidade de oferecer roaming a seus clientes em mais sete estados (Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia e Acre).

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Entre os fornecedores, a Qualcomm, detentora da tecnologia CDMA, também comemoraria a decisão, ao ver completar-se nacionalmente a cobertura do padrão sobre todo o País, em conjunto com a Telefônica e Telesp Celular, além da própria Vésper. A Lucent, que opera exclusivamente com o padrão no País, também apareceria como provável beneficiária. Já uma decisão favorável ao GSM colocaria no páreo a Alcatel, Nokia e Siemens, os três fornecedores europeus que concentram a produção de redes de telefonia móvel apenas nesta tecnologia.

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