Open RAN deve atingir 5% do mercado global com destaque para players estabelecidos

As redes de acesso sem fio abertas e desagregadas (Open RAN) podem fechar 2022 representando 5% do mercado global de redes de acesso, apontou a consultoria Dell'Oro – que vê players estabelecidos se beneficiando mais do movimento do que os emergentes.

Ao longo do primeiro semestre, a firma especializada observou aceleração na adoção da abordagem, que permite múltiplos fornecedores em estações rádio base. A previsão de market share global dentro do mercado de redes de acesso (RAN) foi ampliada diante da expectativa que receitas do segmento dobrem no acumulado do ano.

Os dados do relatório, contudo, também evidenciaram que o movimento Open RAN e a dinâmica dos fornecedores está evoluindo. "Os resultados do trimestre e o momento de negócios abaixo do esperado entre fornecedores emergentes de redes de acessos estão começando a  situar o Open RAN mais como novo requisito para os players estabelecidos do que como arquitetura disruptiva para os fornecedores menores", apontou a consultoria.

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No primeiro semestre, as três líderes globais do segmento foram a sul-coreana Samsung e as japonesas Fujitsu e NEC, revelou a Dell'Oro. Embora alternativas ao trio de principais vendors de redes de acesso (Huawei, Ericsson e Nokia), as três são tradicionais fornecedoras de telecom que enxergam o Open RAN como oportunidade.

Geografia

Outro aspecto apontado no relatório é que, ao longo do segundo trimestre, 95% da demanda Open RAN foi oriunda de projetos na América do Norte e na região da Ásia-Pacífico.

No primeiro caso, as receitas com a abordagem já são quatro vezes maiores do que há um ano, calculou a Dell'Oro. A consultoria também notou a importância de projetos brownfield (que se somam à redes existentes) para o crescimento na América do Norte – que tem a Dish, dos Estados Unidos, como uma das principais entusiastas do modelo. A operadora tem a Samsung entre as fornecedoras. 

Entre as experiências greenfield, vale destacar a aposta do Rakuten Mobile, que tem investido em uma ambiciosa rede móvel Open RAN no Japão. Já na Europa, há projetos em curso como os da Vodafone e do grupo Telefónica; joint-venture da dona da Vivo no Reino Unido, a Virgin Media O2 anunciou nesta semana que terá a NEC e a plataforma Rakuten Simphony como parte da implementação desagregada em solo britânico.

 

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