Viasat indica que pode reposicionar satélite, mas garante ter capacidade para necessidades atuais

ViaSat3 - Foto: Divulgação/Viasat

Na divulgação de resultados referente ao primeiro trimestre fiscal de 2024, encerrado em junho, a Viasat falou de maneira mais detalhada sobre o incidente que comprometeu a capacidade do Viasat 3 F1, primeiro satélite da nova geração de HTS (satélites de alta capacidade) que a Viasat lançou e que apresentou uma anomalia em uma das antenas, comprometendo a capacidade do equipamento.

Segundo a Viasat, a anomalia traz desafios que precisarão ser endereçados. A empresa ressalta, contudo, que o problema aconteceu em uma antena de uso comercial de um grande fornecedor, indicando portanto que não foi um problema no design inovador do satélite, que será utilizados nos outros equipamentos da mesma geração (o Viasat 3 F2 e F3, ainda a serem lançados). A empresa ressalta que o equipamento está segurado e que terá capacidade em banda Ka contratada para suprir as necessidades imediatas que ficaram comprometidas com a falha do satélite e que terá parte significativa de sua capacidade em banda Ka prevista, incluindo lançamentos da Inmarsat (recém adquirida pela Viasat), já para 2025. 

A Viasat informa que os demais componentes do Viasat 3 estão funcionando como esperado ou com desempenho acima, o que dá confiança para a empresa para os próximos equipamentos. "Estamos trabalhando com o fornecedor da antena para diagnosticar a causa raiz do problema e tomar medidas corretivas para o Viasat 3 F2", disse a empresa em carta aos acionistas. A empresa não cita diretamente se o satélite problemático está totalmente perdido nem se será necessário utilizar o F2 para substituí-lo, mas diz que todos os equipamentos da série Viasat 3 podem operar em qualquer uma das órbitas previstas, o que viabiliza mudanças na sequência de posicionamentos. A empresa diz ainda que está fazendo testes de performance considerando o problema na antena. "O crescimento do nosso negócio de banda larga fixa deve ser postergado em relação ao esperado se a performance da antena tivesse sido normal, mas considerando as medidas de mitigação em curso e a diversidade de nossos negócios, a previsão é de crescimento de receitas e EBITDA ajustado para o ano fiscal de 2025", diz a empresa aos acionistas.

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No primeiro trimestre fiscal de 2024, a Viasat reportou aumento de receitas para US$ 780 milhões (36% na comparação anual, considerando já um mês de incorporação da Inmarsat) e perdas de US$ 77 milhões.

Evento

Nos dias 26 a 28 de setembro acontece no Rio de Janeiro o Congresso Latinoamericano de Satélites, organizado pela TELETIME e pela Glasberg Comunicações. O evento discutirá entre outras coisas as novas tecnologias, competidores e os desafios do mercado residencial de banda larga via satélites. Mais informações sobre o evento em www.satelitesbrasil.com.br

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