CriteriaCaixa alcança 5% de capital na Telefónica, dona da Vivo

Telefónica. Foto: Divulgação

A CriteriaCaixa, holding de gestão de patrimônio empresarial da instituição financeira espanhola Fundação "La Caixa", alcançou uma participação de 5,007% no capital da Telefónica, grupo dono da Vivo no Brasil.

Até então, a CriteriaCaixa detinha uma participação de 2,69% na tele. Para o fundo espanhol, a participação na tele é considerada "estratégica" a longo prazo. "O principal objetivo é proporcionar a maior estabilidade acionária possível para a operadora de telecomunicações, uma empresa essencial tanto para o país quanto para a indústria em nível internacional", diz o comunicado à imprensa.

O negócio também responde à política de investimentos da CriteriaCaixa, focada em companhias com políticas de distribuição de dividendos atrativas. A holding de patrimônio recebeu 42 milhões de euros em dividendos da Telefónica em 2023.

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Neste sentido, a próxima Assembleia Geral de Acionistas da Telefónica, marcada para a próxima sexta, 12 de abril, colocará em votação a renovação de Isidro Fainé, presidente da CriteriaCaixa, como diretor proprietário representando a CriteriaCaixa, em vez do CaixaBank, como era até agora.

Relacionamento de longa data

Não é recente a relação entre a gestora de patrimônio e a Telefónica. O primeiro aporte na companhia de telecom ocorreu em 1987, com a aquisição de 2,5% do capital. Mais tarde, em 1996, essa participação alcançou 5% pela primeira vez na história, mas caiu para 3,6% em 2000 em razão dos aumentos de capital na Telefónica para financiar a sua expansão internacional.

No período mais recente, desde 2017 a CriteriaCaixa vem construindo a sua própria posição direta no capital da operadora por meio de negócios no mercado de ações. As partes ressaltam que, ao longo de todos esses anos, tanto a Fundação "La Caixa", o CaixaBank e, agora, a CriteriaCaixa, têm estado presentes no board da companhia. Isidro Fainé, que é vice-presidente da Telefónica, completou mais de 30 anos como diretor proprietário da Telefónica neste ano, por exemplo.

No final de março, foi a vez da Sociedad Estatal de Participaciones Industriales (SEPI), holding do governo da Espanha para investimentos estratégicos, informar ao mercado que sua participação na Telefónica havia chegado a 3% – um movimento já previsto, uma vez que a SEPI informou a Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) espanhola, em dezembro, a sua intenção de adquirir até 10% do capital social da empresa.

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